Pela preservação da integridade da Fábrica do Inglês/Museu da Cortiça de Silves como valor cultural industrial/corticeira
Porque a nossa memória colectiva não está à venda!
Porque os museus e o nosso património cultural não são mercadorias
Factos:
1. O Museu da Cortiça de Silves, inaugurado em 1999, promoveu a reabilitação do espaço arquitectónico original de uma antiga fábrica de rolhas construída em 1894, também conhecida por Fábrica do Inglês.
2. O projeto museológico, que incluía todo o espaço fabril, foi internacionalmente reconhecido com o prémio Luigi Micheletti para melhor museu industrial do ano em 2001.
3. Entre 1999 e 2009, período em que permaneceu aberto, foi um dos mais visitados museus a nível nacional, contribuindo positivamente para a boa imagem da região algarvia e do país, numa área temática e económica -a da cortiça- que nos projeta internacionalmente e em que, justamente, reclamamos primazia.
4. O Museu e a antiga fábrica em que se insere (agora imóvel de interesse municipal) estão desde 2009 encerrados na sequência do processo de insolvência da sociedade proprietária. Em 2014 este processo terminou em leilão público com a venda do imóvel “Fábrica do Inglês” à Caixa Geral de Depósitos e do espólio museológico (algum dele integrado no próprio edifício) a um grupo privado ligado ao ramo da distribuição alimentar, apesar dos esforços da Câmara Municipal de Silves em o adquirir.
Considerando:
- Que o atual proprietário não garante a manutenção (nem a pode garantir não sendo proprietário do imóvel) do espólio museológico no seu lugar de origem, podendo vir a ocorrer uma deslocação do mesmo que lhe retiraria a maior parte do seu valor patrimonial;
- Que o Museu da Cortiça se constitui como um todo na fábrica em que se localiza, com parte do seu património integrado no edifício e por ele disperso, sendo, por isso, indissociável do espaço que atualmente ocupa;
- Que este Museu surgiu da vontade de conservar um património local em vias de desaparecimento e em homenagem a uma cidade de importantíssimo passado industrial/corticeiro; foram, sublinhe-se, várias as doações feitas por cidadãos anónimos ao espólio museológico, confiantes na preservação que a instituição faria da memória dos seus antepassados;
- Que a Assembleia da República, em várias ocasiões, manifestou a sua preocupação pelo destino deste importante património, designadamente através da aprovação unânime da Resolução n.º 129/2010.
No momento em que Portugal – o maior produtor de cortiça a nível mundial – busca novas formas de promoção externa, parcerias e mercados com o objetivo de um significativo e sustentado desenvolvimento económico...
Pretendemos:
1.Que os senhores deputados da República manifestem junto dos atuais proprietários e dos membros do governo, nesta área competentes, a preocupação pelo destino e preservação deste importante património.
2. Que os senhores deputados usem a sua influência enquanto órgão de soberania para apoiar a candidatura do espólio móvel e integrado do Museu da Cortiça a património de interesse público, processo atualmente em curso por iniciativa da Associação Portuguesa de Arqueologia Industrial.
Porque a nossa memória coletiva não está à venda!
Porque os museus e o nosso património cultural não são mercadorias!
Associação Portuguesa de Arqueologia Industrial
http://peticaopublica.com/
Já lá passei. Tão abandonadinho... Não se entende!
ResponderEliminarBoa sorte!
assinado est !
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