12 de fevereiro de 2013
Preceito
Foi a vontade de cheirar as lojas de comércio tradicional que nos levou na segunda-feira à baixa. E logo nos deu a inspiração de ir à Pollux, onde há anos não íamos. Corremos andar a andar, num armazém muito vazio, excepto na zona de plásticos, sacos e revestimentos. Quase que uma sensação estranha de ver os tão poucos empregados, com tanta vontade de vender, numa imensa maioria de artigos pouco adequados ou caros. Um último andar com um café situado num local fabuloso de vista larga e soalheira, mas quase estragado pelos artefactos de flores artificiais em abundância. De novo a simpatia da empregada, sem subserviência mas eficiente. E à saída, não resisti a comprar chávenas de café e frascos de vidro para especiarias. Deslumbrei-me a olhar para o preceito com que foram embrulhadas e conferidas. Pena terem substítuido o cordel por fita-cola. Quase que apetece desejar uma melhor gestão para a Pollux, adequada ao tão bonito edifício, completamente descaracterizado e aos funcionários empenhados e profissionais. Enquanto não se investir seriamente na qualidade e oferta, não teremos muita hipótese de ver o comércio florescer.
Mas, tendo em conta tudo isto, vão à Pollux e experimentem esta viagem ao como era. Porque quisemos ir ao Brás e Brás e estava encerrado. Funciona agora no Poço de Borratém dizia um cartaz. É a vida. Por isso mesmo, vão à Pollux. E comprem qualquer coisinha.
gostei da sugestão e da forma como foi sugerida. :)
ResponderEliminarsaudades da baixa e dos tempos em que a percorria com a minha mãe. deixei de lá ir, depois da sua morte, durante anos, até ao nascimento da minha filha, agora também mãe.
ResponderEliminaros armazéns que arderam, os funcionários que eram conhecidos, de tão próximos... confesso que dada a minha forma de viver a correr prefiro locais onde haja quase tudo e os empregados se mantenham numa distância confortável.
no entanto esta publicação acordou em mim emoções e sim, vamos à Pollux onde ainda se embrulham compras com o coração nas mãos e sorrisos grátis.