2 de janeiro de 2013

A vila, de seu nome «Entradas»




Quando se entra numa localidade desconhecida, de modo inesperado, mudam por completo as sensações, sendo irresistível imaginar o quotidiano das gentes. Na surpresa da diversidade, é agradável o enquadramento, o que não passa de súbito rasgo visionário. Cai-se de súbito na realidade, não se conseguindo ter a mínima noção da vivência diária nesta localidade bonita, cuidada, onde  limpeza,  brancura e sossego formam as primeiras impressões. Por aqui, o tempo parece ter parado.

Agonia
dos lentos inquietos 
 amarelos, 
 a solidão do vermelho 
sufocado, 
por fim o negro, 
fundo espesso, 
como no Alentejo 
o branco obstinado.

Eugénio de Andrade

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