Ontem, dia 11 de novembro, pelas 11h e 11 minutos, teve início a abertura do Carnaval de Colónia, a cidade «perfumada». Uma forma de tentar entender a escolha da presente figuração suína? A de o cheirinho por lá inventado funcionar como antídoto olfativo, mesmo para varas (e coletivos diversos relacionados com o reino animal). Atenta a notícias divulgadas através do ciberespaço , forma de abarcar regiões alargadas, comparar versões jornalísticas e, ao mesmo tempo, poupar na compra de periódicos, desperta atenção a imagem ontem publicada: um grupo de adeptos da festa germânica, em pose para a fotografia, em frente à catedral da cidade. A legenda nada mais adianta, embora a associação pessoal resvale (em risco de choque frontal), sem hipótese de travagem prévia, para o acrónimo de mau gosto… PIGS…
Influenciada por imagens de florinhas e borboletas com música de elevador como pano de fundo (os tais clubes do otimismo, a extravasar âmbitos de atuação, já que as entidades patronais sonham, por vezes, em organizar improfícuas sessões de riso coletivo), que a escolha desta indumentária tenha pretendido demonstrar apenas a vontade de festejar o dia, ou que tenha como intenção subjacente o apreço por um dos clássicos da gastronomia germânica - o Eisbein
Imagem de Ina Fassbender/Reuters
Em Munique e por estas bandas também já começou... vi mascarados por lá, de manhã. E ao chegar à minha cidade apanhei com uma fanfarra a sair de outro comboio...
ResponderEliminarQuanto a isto andar para carnavais... Analisando bem, de facto... não anda. Mas... se não rirmos, vamos desidratar de tanto chorar.
No entanto o facto de rir não quer dizer que aceite as coisas como elas estão. Simplesmente é uma forma de olhar para elas, que não implica que não se lute contra as mesmas!!!...
Pois, Luísa, mas a imagem divulgada pela comunicação social, esta dos «4 porquinhos» não provoca pessoalmente - que isto do humor é tão individualizado e inexplicável- uma incontrolável vontade de rir... e a notícia sobre o dito carnaval que desconhecia (e pelos vistos não é um exclusivo de Colónia), também merece tratamento metafórico, a equiparar a «outras» efemérides carnavalescas :)
ResponderEliminarTeresa, que bem que cheira aquela casita com o numero 4711.Dá gosto entrar, não para o Carnaval, mas para deleite dos nossos sentidos alfativos. Bem haja
ResponderEliminarEm relação ao Carnaval, pelo menos na Alemanha e na Suíça começa a 11 do 11 às 11 e 11 (o ano passado foi a loucura!!). Porque o 11 é considerado o número do bobo. Também por isto eu faço a aproximação entre caretos portugueses e as manifestações de entrudo por aqui. Eu não sei datas exactas, mas os caretos andam à solta ao longo do Inverno.
ResponderEliminarAgora a relação da imagem em si e todas as "palhaçadas" que por aí se vêem... estou completamente de acordo. Não é que dê logo vontade de rir. :s
Recordo a "casita" com esse número, Carlos Caria, continua no mesmo local. A escolha de essências (destacaria a laranja e a lavanda), fazem dela uma casa especial :)
ResponderEliminarDos caretos, o engraçado é que a palavra, pelos 'nordestes', deixou de ter significado restrito. Passei lá um Carnaval (dos nossos), tendo reparado que utilizavam este termo para quem se mascara. Nas aldeias transmontanas, designam qualquer mascarado por «careto», mesmo fora do espaço da tradição e sem que obedeçam a indumentária e ritual próprios :)
ResponderEliminarIsso não sabia. Carnavais com tradição só fui ao de Cabanas de Viriato (que nem é dos mais conhecidos de Portugal) onde se dança (dançava, pelo menos) a "dança dos cus" (chama-se mesmo assim). Mas de caretos nada! (apesar de os achar fascinantes!)
ResponderEliminarNo entanto, se formos a ver... careto, cara, careta, fazer caretas.... caretos... tudo se ligará algures e de alguma forma... :D