Um livro a ler escrito por uma excelente pesquisadora e expert da área.
30 de setembro de 2012
29 de setembro de 2012
O mapa de Lisboa
Ofereceram-me esta planta de Lisboa de 1938. Está anotado pelo seu possuidor e é muito curioso ver como se nomeavam locais e ruas. Tanta azinhaga desaparecida...E manicómio era manicómio, o aero-pôrto junto à feira de gado e o meu bairro chamava-se Carmona
28 de setembro de 2012
Fauno em tarde chuvosa
27 de setembro de 2012
J.K.Rowling: The Casual Vacancy
O primeiro romance de J.K.Rowling destinado a adultos, foi hoje posto à venda e pensa-se que será um best-seller mundial. Já conta com um milhão de exemplares vendidos antes do lançamento, embora não tenha provocado a corrida às livrarias britânicas, à semelhança do sucedido com Harry Potter. The Casual Vacancy, título da obra, foi hoje posto à venda na Grã-Bretanha, rodeado de algum secretismo. "Harry Potter ocupou, a título pessoal, um lugar importante no que diz respeito à experiência do crescimento" - comentou uma das primeiras compradoras do novo título numa livraria londrina. "Poderá não ter grande elegância de estilo, mas trata-se de uma grande contadora de histórias" - acrescentou a entrevistada de 29 anos. O ponto de partida deste texto de ficção que se desenrola em Pagford, aldeia imaginária do sudoeste de Inglaterra, é a morte de um membro da autarquia local. A partir daí, os habitantes encetam diligências para encontrarem um substituto que defenda a sua causa comum – livrar a aldeia de uma gestão menos adequada. J.K.Rowling pensou, de início, no título Responsáveis pois, tal como informa em entrevista ao New Yorker, “trata-se de um livro sobre responsabilidade, acerca da nossa própria responsabilidade, em sentido lato, para com os estratos sociais desfavorecidos”. Surgem, portanto, no presente livro, temas afastados do universo dos jovens feiticeiros, já que aborda temas como a toxicodependência, a prostituição, as famílias monoparentais e a sexualidade adolescente. O romance já recebeu críticas iniciais, a equipararem a sua mensagem social a uma fórmula «Charles Dickens». O Daily Telegraph descreve-o como um livro “por vezes divertido, muitas vezes a refletir uma observação lúcida, plena de crueldade e de desespero”. “Terminei com a saga de Potter, a não ser que me surja uma ideia extraordinária” – informa a autora. De acordo com o Sunday Times, com uma fortuna associada a 560 milhões de livros (703 milhões de euros), esta mãe de três filhos é detentora de um império, se pensarmos que Harry Potter deu ainda lugar a 8 filmes de sucesso, a brinquedos e a videojogos. Em relação ao presente título, a escritora afirma ter sido influenciada pelo início da década de 90, quando escreveu o primeiro Harry Potter, viveu em diversos apartamentos alugados, sofria de depressão e educava sozinha a única filha que então tinha . De momento, encontra-se a escrever dois romances para a juventude.
(Fonte: L'Internaute Magazine)
26 de setembro de 2012
Tudo
Ontem, à porta da Segurança Social na Afonso Costa, um casal de alguma idade atravessa a rua com ímpeto.
Ela diz" Por ti fazia tudo, ouviste? Não havia nada que eu não fizesse no mundo por ti".
Ele responde-lhe lacónico "Pois".
E não ouço mais nada, a chuva e o vento empurram-os para longe de mim.
Foto: Agência Magnum, Richard Kalvar 1978
Ela diz" Por ti fazia tudo, ouviste? Não havia nada que eu não fizesse no mundo por ti".
Ele responde-lhe lacónico "Pois".
E não ouço mais nada, a chuva e o vento empurram-os para longe de mim.
Foto: Agência Magnum, Richard Kalvar 1978
25 de setembro de 2012
24 de setembro de 2012
«Tomai lá do O'Neill» ou breve interlúdio musical
Depois de inúmeras referências ao "fait divers", lembremos Alexandre O'Neill e em jeito de breve interlúdio musical, e mais será desnecessário acrescentar:
Assim devera eu ser
e não esta cigarra que se põe a cantar
e me deita a perder. – Alexandre O’Neill
Formiga Bossa Nova
A versão não é a clássica da Amália, por se comemorar o ano de Portugal no Brasil.
Assim devera eu ser
e não esta cigarra que se põe a cantar
e me deita a perder. – Alexandre O’Neill
Formiga Bossa Nova
A versão não é a clássica da Amália, por se comemorar o ano de Portugal no Brasil.
21 de setembro de 2012
20 de setembro de 2012
18 de setembro de 2012
O rei das Meias
Sempre gostei da ideia de existir um Rei das Meias. E de comprar lá. Bem que gostava de ter este leque. À venda no ebay
Liebig
Um pequeno cartão publicitário da Liebig, 1910.
O verdadeiro extracto de carne. Primo do Bovril, sem dúvida.
O verdadeiro extracto de carne. Primo do Bovril, sem dúvida.
17 de setembro de 2012
Um assumido fascínio
O fascínio por esquilos deve-se, decerto, à raridade da sua presença perto de casa. Desta forma, é fácil descobrir quem é estrangeiro (à semelhança dos japoneses que passam cada minuto a olhar através da lente da máquina e a clicar, lembrando o cáustico romance Morte de Sevilha em Madrid, que me diverte quando volto à sua leitura )… Com a possibilidade – ao fim de muitos anos – de conseguir uns dias de lazer em setembro, corro através do parque a fotografá-los sob diversos ângulos. Apesar de esquivos não são muito fugidios, acredito que por não serem incomodados na sua rotina diária. As pessoas que passam, quase todas em direção ao trabalho e a cortar caminho entre a relva e as árvores centenárias, olham-me com um ar entre o espantado e o divertido, já que estes simpáticos animais fazem parte do seu quotidiano. Não me importo com o facto, embora acredite que os fotografados tenham suspirado de alívio quando deixaram de ver a fotógrafa amadora, de telemóvel em riste, a tirar dezenas de instantâneos .
14 de setembro de 2012
Passos perdidos e achados
Por vezes os dias passam-se a cumprir preceitos. A ter de andar, ténis e em terreno plano (pobre joelho), a fazer fisioterapia, a escolher alimentos saudáveis. Vou adaptando os ditos à minha maneira de ser. Para a caminhada a pé, a bem do coração, faço um percurso que engloba quatro lojas que vendem livros velhos. Quem mandou fazer a Feira da Ladra tão inclinada? Uns são recantos de prédio, outros de rua, outros de livros a granel entre recheios de casa, apenas um alfarrabista a sério, aqui na Actor Isidoro. Foi neste que encontrei esta engraçada colecção editada pela Verbo nos anos 70, com a adaptação portuguesa de Maria de Lurdes Modesto. Chama-se o meu livro de Cozinha e faz conjunto com dois livros de lavores. Quando eu era pequena lembro-me de os ver em casa de amigas e invejá-los. Mas eu preferia gastar o dinheiro da semanada em livros dos cinco e dos sete, além disso a minha avó e a minha mãe cozinhavam maravilhosamente.A ver o livro com a Isabel ali no quintal, ela sorriu-se toda a recordá-lo, sugerindo que eu execute estas receitas com as minhas pequenitas sobrinhas-netas. A ver vamos. Entretanto vou folheando os livros e achando graça à estética dos anos 70 e ao cuidado da Maria de Lurdes Modesto nas suas recomendações aos mais pequenos.
13 de setembro de 2012
de que matéria é feito o governo?
esta é a matéria:
cor de corante laranja, gelatinosa, adaptável à forma, sem sabor próprio mas apenas do que lhe colocam.
e muitos, muitos aditivos.
não feita de ossos ou pele animal, mas de agarose das algas igualmente gelatinosas e escorregadias.
não tem forma própria e adapta-se ao molde onde a colocam.
se lhe sopramos, abana.
mas gelatinosa como é, lá fica imune.
parece muito resistente, mas basta um pouco de água quente para a desfazer.
é desta matéria que o governo de portugal é feito.
12 de setembro de 2012
Mãe, não aturo mais isto!
Era uma vez um rapaz chamado João que vivia em Chora-Que-Logo-Bebes, estranha aldeia aninhada perto duma espécie de Parque de Reserva de Entes Fantásticos ( a Floresta-De-Todos-Os-Espantos ) que, ali a quinhentos metros, ninguém contudo se atrevia a devassar, não só por se encontrar protegida por um muro de altura descomunal, mas principalmente porque os habitantes dessa povoação — infelizes chorincas que se lastimavam de manhã até à noite — mal tinham coragem para arrastar a sombra quanto mais para irem combater bichas de sete cabeças, gigantes de cinco braços ou dragões de duas goelas ! Preferiam choramingar, os maricas, agachados em casebres sombrios, enquanto lá por fora chovia com persistência implacável (como se as nuvens estivessem forradas de olhos) e milhares e milhares de chorões - as árvores predilectas,dessa gente — pingavam folhas tristes. Tudo isto incitava os choraquelogobebenses a andarem de monco caído, sempre constipados por causa da humidade e a ouvirem com delícia canções de cemitério ganidas por cantores trajados de luto ao som de instrumentos plangentes e monótonos. O único que, talvez por capricho de contradizer o ambiente e instinto de refilar, resistia a esta choradeira era o nosso João que, em virtude duma contínua ostentação de 'bravata alegre e teimosia na luta, todos conheciam por João Sem Medo. Ora um dia, farto de tanta chorinquice e de tanta miséria que gelava as casas e cobria os homens de bolor, disse à mãe que, conforme a tradição local, lacrime-java no seu canto de viúva : Mãe : não aturo mais isto ! Vou saltar o Muro."
Aventuras Maravilhosas de João Sem, Medo de José Gomes Ferreira, Portugália, 1963
Capa de João da Câmara Leme.
Aventuras Maravilhosas de João Sem, Medo de José Gomes Ferreira, Portugália, 1963
Capa de João da Câmara Leme.
11 de setembro de 2012
Beber ou não beber
Assim se inquietava o almanaque Hachette com o elevado consumo de álcool no mundo. Reinava o ano de 1893. E lá está um pequenino Portugal agarrando um jarrinho:)
As diversas raças de gatos
Era esta uma edição sumptuosa do Almanaque Hachette de 1897, que teve o seu émulo português no Almanaque Lello, alguns anos mais tarde.
Aqui mostravam-se as diferentes raças de gatos desenhados por Steinlein.
Clicar na imagem para a aumentar.
Aqui mostravam-se as diferentes raças de gatos desenhados por Steinlein.
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10 de setembro de 2012
Sabedoria índia
8 de setembro de 2012
Farta!
Estou farta, fartíssima, fartérrima do Passos Coelho e equipa mais as suas contas de merceeiro. E penso que o Manelinho formula bem o postulado base do seu discurso. Não se pode exterminá-lo ?
Favela da Telha
'Cá pegou de moda' o biquíni com corte brasileiro, e ainda bem! Mas este perfil peri-urbano favelado desfeia qualquer praia, faz-nos sentir despidos de identidade. Nem a veraneante pseudo-brasileira, que se baloiça a caminho das águas, a transforma numa das 7 Maravilhas.
6 de setembro de 2012
Jardim de Lisboa
Lisboa, por mais que se a percorra, continua por descobrir e nos surpreender!
Este jardim estava vazio, nem flores, e eu apressei-me a sair, sem que antes a minha filha fotografasse o momento.
Mensagem
Recebemos mensagens de muitas formas.
Esta não veio propriamente dentro da garrafa, enrolhava-a!
Infelizmente tenho de concordar que lhes temos dado maus vinhos. Mas vamos melhorar.
5 de setembro de 2012
2 de setembro de 2012
1 de setembro de 2012
Mudam-se os tempos...
Imagem: Robert Moore, "Lisboa, anos 40"
Quando nos damos conta os tempos correm, era verão e chega o natal, deixam os mais crescidos de pensar por nós e passamos a tomar as grandes decisões, assistimos a mudanças nem sempre animadoras… Reparo que os mais velhos vivem de memórias, o que não surpreende, por já terem na bagagem mais passado que futuro. Apesar desta incessante correria e de tudo a que se assiste, fica a tentativa de rejeitar a expressão «tempo perdido».
the times they are a changing