14 de junho de 2012
O monstro
Detalhes difíceis de ignorar, atendendo à dimensão gigantesca do traço o que, por si só, anula o conceito de pormenor (será antes um ‘pormaior’…). Pronta a fotografar um gigante que, de relance, me habituei a observar de interior do carro ou dos transportes públicos, reparo que o que atrai o olhar , acaba por despertar a atenção de terceiros – um turista em ar de veraneio, apesar da chuva «molha tolos» da manhã prepara-se, ao mesmo tempo, para puxar da máquina fotográfica. Entro, por momentos, num universo ficcional, lamentando o abandono a que se encontram votados tão belos edifícios da nossa cidade. Num flash, chegam ao pensamento versos finais de um poema de Alexandre O’Neill:
Vossa boa atenção não quero fatigar.
Com a moral costumeira vou aqui terminar.
Nunca façam de um monstro a vossa criação,
que tarde ou cedo vai dar complicação.
Deve ser mais um que vai abaixo... No início de Agosto do ano passado vi um edifício a ser deitado ao chão ali junto ao Atrium Saldanha. Antes tinham pintado qualquer coisa do género.
ResponderEliminarEu gosto de grafittis, mas estes... neste contexto... nem comento a monstruosidade!!!!!!! :(
Essoutro foi pena. Era muito mai' jeitoso. Com o mesmo jeito também este há-de ir. O que se vê já é meio caminho.
ResponderEliminarCumpts.
Monstruosidade = atentado ao património de uma cidade, Luísa:)
ResponderEliminarQualquer deles «é pena», Bic Laranja, cumprimentos.
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