13 de abril de 2012

Em modo "pause" ou a culpa foi do jornal...

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Há momentos em que nos sentimos como um cd, após se ter premido a tecla “pause”. A pensar que se chegaria a horas ao local de trabalho, dá-se conta que o único guarda-chuva de qualidade (os outros são os tais de cinco “aéreos” que , no temporal, vão diretos para o caixote mais próximo, com direito a uma molha até aos ossos) ficou dentro do comboio, volta-se a entrar, verificando-se que os poucos passageiros lançam um olhar assustado, direto à expressão alucinada de quem corre da gare para a carruagem, numa urgência de quem perdeu, em definitivo, qualquer resquício de sanidade... A porta fecha de modo brusco, obrigando a sair na estação seguinte.
A falta de café começa a perturbar, não havendo transporte tão cedo, passa-se a cancela automática pagando-se, por isso mesmo, mais um bilhete para repor os níveis de cafeina “por que motivo só existe um café depois da porta que controla os títulos de transporte? Sabemos que a empresa está em crise, será uma medida estratégica para os despistados?” .
No compasso de espera, capta-se um instantâneo para lembrar este lapso no tempo fugindo-se, logo de seguida, pois um grupo animado de turistas - o comboio de regresso parece uma torre de Babel com gentes de todos os continentes, tendo-lhe sido cortadas algumas carruagens e já viaja tudo a monte- também começa a fotografar o local, não vão eles pedir uma fotografia de grupo, que obrigue a chegar ainda mais atrasada…

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