16 de fevereiro de 2012

A arte de viajar no quotidiano

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É difícil apreciar correrias automobilísticas (quem respeita os limites de velocidade, que ponha o dedo no ar). Pelo exposto, torna-se quase que terapêutico – diria - utilizar o comboio,  sentada e ler sem regras e em diversidade (o que é incompatível com a condução). Assim acaba a leitura da obra cuja passagem se transcreve. Ao terminar o parágrafo, descobre-se, pela primeira vez em anos, as hortas ("prósperas", como diria o meu pai sempre a referir-se à arte hortícola) que se avistam da janela, ao longo do «empolgante» IC19… Poderiam , os pequenos arranjos agrícolas, dar uma boa fotografia. Na impossibilidade, fica uma imagem de outras paisagens verdes, a enquadrar-se no trecho desta obra que alia a viagem a interessantes reflexões sobre escrita, pintura e filosofia, associadas aos locais visitados pelo autor. E não se pense que as observações dizem respeito a grandes viagens em exclusivo...
«Há sempre no mundo mais coisas do que as que podem ver os homens, ainda que caminhem muito devagar; não as verão melhor por andarem mais depressa. As coisas realmente preciosas são uma questão de pensamento e de visão, não de velocidade. Uma bala não passa a ser boa por ser rápida, e o ritmo lento não diminuirá um homem, que seja realmente um homem, uma vez que a glória deste não está no seu andar, mas no seu ser».
Alain de Botton, A arte de viajar
Imagem: Abadia de Kylemore, Irlanda

2 comentários:

  1. lindo, tudo lindo, um grande abraço :)

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  2. Obrigada, abraço retribuído, almariada, uma abadia cuja construção assenta numa bela história:)

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