Uma muito oportuna publicação online da Hemeroteca Municipal de Lisboa. Século Cómico, de 27 de Janeiro de 1919. Qualquer semelhança com 2012 é pura coincidência.
Muito atual, como alguns pedaços de prosa de escritores portugueses consagrados a circularem aí pelas nossas caixas de correio. Segue um pequeno exemplo em copy/paste É um fenómeno curioso: o país ergue-se indignado, moureja o dia inteiro indignado, come, bebe e diverte-se indignado, mas não passa disto. Falta-lhe o romantismo cívico da agressão. Somos, socialmente, uma colectividade pacífica de revoltados.
Miguel Torga, Diário IX, ( Chaves,17 de Setembro 1961)
Nem sempre fomos assim. Precisamente no periodo do fim da monárquia e durante a 1.ª República, o povo principalmente de Lisboa e Porto revoltava-se à minima subida do preço do pão e outros bens essenciais. E não nos esquecamos de crueldades efectuadas nesse período, como a "Noite Sangrenta" de 1921 em que foram mortas varias pessoas ligadas ao regime entre os quais o presidente do conselho António Granjo ou até antes em 1918 Sidónio Paes ou o Rei D. Carlos. Havia até a "psicose" da bomba. Afonso Costa saltou de um eléctrico devido a ter confundido um atentado com o disparo do disjuntor do "tramway" da Carris.
Muito atual, como alguns pedaços de prosa de escritores portugueses consagrados a circularem aí pelas nossas caixas de correio. Segue um pequeno exemplo em copy/paste É um fenómeno curioso: o país ergue-se indignado, moureja o dia inteiro indignado, come, bebe e diverte-se indignado, mas não passa disto. Falta-lhe o romantismo cívico da agressão.
ResponderEliminarSomos, socialmente, uma colectividade pacífica de revoltados.
Miguel Torga, Diário IX, ( Chaves,17 de Setembro 1961)
Nem sempre fomos assim.
ResponderEliminarPrecisamente no periodo do fim da monárquia e durante a 1.ª República, o povo principalmente de Lisboa e Porto revoltava-se à minima subida do preço do pão e outros bens essenciais.
E não nos esquecamos de crueldades efectuadas nesse período, como a "Noite Sangrenta" de 1921 em que foram mortas varias pessoas ligadas ao regime entre os quais o presidente do conselho António Granjo ou até antes em 1918 Sidónio Paes ou o Rei D. Carlos.
Havia até a "psicose" da bomba. Afonso Costa saltou de um eléctrico devido a ter confundido um atentado com o disparo do disjuntor do "tramway" da Carris.