o financial times publicou no dia 25 de março um texto (portugal and brazil: role reversal) onde tecia algumas considerações sobre pigs e brics e, resumidamente, aconselhava, no muito celebrado agora ‘out of the box’ que serve para tudo e mais alguma coisa, que portugal fosse anexado pelo brasil porque assim seria facilmente absorvido pela pujante economia brasileira e teria a sua dívida pública e o seu défice mais favorecido depois de diluídos na economia brasileira.
muitas vezes os jornais ingleses têm tradicionalmente este olhar entre o acefalamente racista e o imperialisticamente superior sobre os outros povos.
para eles, com uma espécie de mentalidade pré-copérnica, o mundo ainda gira em redor dos seus umbigos e, como acontece a muito boa gente, acham que vêm muito bem ao longe e esquecem-se de colocar os óculos para ver ao perto.
o financial times funciona como uma espécie de agência de comunicação ao serviço dos especuladores e dos adivinhos.
a seriedade das suas análises está muita vezes próxima e na razão directa dos anúncios publicitários que estão colocados nas páginas onde falam dos países e das empresas.
a grã-bretanha é um dos países da europa com um dos maiores valores percentuais (absolutos também, mas isso é irrelevante) de dívida pública e tem um défice das contas do estado com 2 dígitos, mas acha que pode dar lições aos seus súbditos, mesmo aqueles que são repúblicas independentes e até nas cartas preferem uma manilha ao rei.
como o financial times gosta de dar conselhos, aqui vai um conselho para o governo do seu país:
que tal pedir a anexação pela índia?
sempre ficavam com uns índices económicos mais apresentáveis no crescimento económico e na percentagem da dívida pública e talvez pudessem ser novamente alguma coisa no criquet...
em jeito de ajuda para saber do que falamos, aqui vai o quadro para ver on se encontra a pujante grã-bretanha e algumas outras economias igualmente sólidas:
Eu quero ser anexado pelas Berlengas.
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