28 de março de 2011
Mazinger Z: viagem da ficção à realidade
Sempre gostei dos desenhos animados de robôs japoneses de seu nome Mazinger Z. […] . A série entusiasmou provavelmente muitas crianças nascidas na década de 70. O argumento de Mazinger Z era o de o professor Kabuto, auxiliado pelo seu conselheiro científico Dr. Inferno, ter descoberto na ilha de Rodas uns autómatos ancestrais. Inferno guardou segredo da descoberta tendo, mais tarde, informado os restantes investigadores de que iria utilizar os robôs, já recuperados, para dominar o mundo.
O conselho de cientistas recusou tornar-se cúmplice do louco exterminador tendo decidido, este último, programar os robôs para uma destruição em massa. O único sobrevivente foi o professor Kabuto que acabou por se evadir para o Japão onde, com o auxílio dos últimos avanços tecnológicos e da energia foto-atómica […] fabricou um robô denominado Mazinger Z, a fim de aniquilar os planos de Inferno. Posteriormente, Kabuto foi assassinado pelo Barão Ashler, um aliado do maléfico cientista, tendo conseguido, antes da morte, revelar ao seu neto Koji Kabuto os planos de destruição e todos os segredos do Mazinger Z .
Mazinger Z passou a ser comandado por Koji, combatendo os robôs enviados pelo terrível Dr. Inferno[…].
Cruzando ficção com realidade, surpreende o sucedido com o acidente nuclear de Fukushima. No país das bombas atómicas (Fukushima e Hiroshima têm os mesmos sufixos), dos terramotos e dos tsunamis, constroem-se centrais nucleares à beira-mar, indo os humanos -não os robôs- apagar focos de incêndio de baldes e mangueiras […]…
Mazinger Z traz-nos a lição de ter a tecnologia robótica vencido a ilimitada ambição representada pelo Dr. Inferno embora, na época e ainda em início da juventude, se fosse mais ingénuo ...
Hoje ninguém envia aviões anticontaminação nuclear ou hidroaviões telecomandados para ajudar o Japão. As guerras do petróleo e a defesa do nosso nível de vida encontram-se no posto de comando.
José Ramon Pichel Campos, «Medo dos aviões» em Galicia Hoxe (tradução livre e com supressões, sem utilização das regras do novo acordo ortográfico)
aqui o artigo original
Apenas conhecia o genérico e a música através do espaço infanto-juvenil da Rai Storia (penso que é esse o nome da "congénere" italiana da RTP Memória)
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