27 de janeiro de 2011
jeune afrique
na passagem do final dos anos 60 para os 70's, existia uma revista que funcionava como a fonte de informação pública de muito do que acontecia em áfrica e, especialmente para os portugueses, do que se passava na guerra colonial.
entre muitas revistas lidas na sala do fundo na bertrand e outras onde calhava antes que a pide as apreendesse, muito do que sabia sobre áfrica naqueles tempos das guerras de libertação o soube através da jeune afrique.
os recentes acontecimentos no norte de áfrica, especialmente na tunísia (por sinal país de naturalidade do fundador da jeune afrique) e no egipto, fizeram-me lembrar aquela revista e a esperança que ao tempo se depositava na áfrica como renovadora de uma nova consciência mundial.
os tempos ensinaram-nos que a maior parte das vezes as esperanças são coisas a evitar, e no caso de áfrica mais ainda.
mas esta crescente revolta, feita a partir de reivindicações sociais básicas como o direito ao trabalho e à liberdade, fazem renascer alguma expectativa sobre um movimento renovador fora do eixo beato e fundamentalista que puxa ainda mais para trás cada um daqueles países.
não faço a mínima ideia como hoje se escreve na jeune afrique, mas fiquei com saudades da importância que ela teve para mim
guerra da libertação? a verdade é fomos descolonizados sem direitos e agora somos colonizados pelo descolonizador mas com direitos para o novo colonizador
ResponderEliminarguerras de libertação, obviamente.
ResponderEliminarPor pouco (ainda) que aprendi, continuo teimosamente a ter esperança.
ResponderEliminar(se a Revista ainda existir, vou tentar conseguir um exemplar, para que o Carlos veja a diferença das escritas nos tempos).
P.S....entre algumas coisas aprendi que o tempo não existe ;-))