30 de dezembro de 2010

Isabelle Caro e a moda



Pêsames!
O anúncio da morte da modelo Isabelle Caro colocou-me a questão: Os padrões de moda podem interferir na felicidade das pessoas?
Considero que a moda deve ser encarada como um meio para as pessoas se sentirem bem consigo quando interagem com os outros, facilitando e modelando a socialização.
A moda, por outro lado, é também uma forma de esconder traços da individualidade de cada um, normalizando os padrões de comportamento.
A procura excessiva de igualar a imagem publicitada de mulher frágil, magra e alta ou de homem musculado, seco e alto, os actuais padrões de moda, tem criado situações de felicidade a alguns e de falta dela a muitos outros.
Naturalmente as mulheres e os homens têm diversificados tipos físicos que, conjugados com comportamentos, atitudes, traços fisionómicos e história pessoal, o individualizam entre todos.
A aceitação da substituição, mesmo que em parte, das suas características individuais por uma reprodução da imagem publicitária em voga, interfere com a identidade da pessoa e pode provocar distúrbios e desequilíbrios.
Penso que seria esta a mensagem que a modelo Isabelle Caro queria fazer vingar com a sua última campanha publicitária.


Cartazes publicitários com fotos de Oliviero Toscani

1 comentário:

  1. Como dizia a minha avó, cada qual como cada qual. E estava agora aqui a falar com uma amiga sobre a estética do início dos anos XX, que era maravilhosa. Dizia ela, a nossa época não vai ser lembrada por nada. E quando vejo estas imagens é o que penso...

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