Em domingo de sol, fica-se como que a desculpar à chuva o tempo agreste dos últimos tempos. A paisagem enfeitou-se de um verde esmeralda e a água abundante das chuvas canta pelos campos... E surge na memória um jogo semântico e, quem sabe, se matemático.
Nessa mata ninguém mata,
a pata que vive ali,
com duas patas de pata,
pata acolá, pata aqui.
Pata que gosta de matas
visita as matas vizinhas,
com as suas duas patas
seguida de dez patinhas.
E cada patinha tem,
como a pata lá da mata,
duas patinhas também
que são patinhas de pata.
Sidónio Muralha,
A dança dos pica-paus
Boas Festas
ResponderEliminara pata da mata que ninguém mata, sabe patinar com as suas patas
Um bom tempo também para si, José Maria Costa:)
ResponderEliminarEste poema será, pelo comentário, ainda um exercício de equilíbrio:)
ResponderEliminarEquilibrio, andamento, tempo e ternura, são marcas de quem tem a candura da palavra, e a simplicidade do gesto da amizade para com a natureza.
ResponderEliminarBom Ano de 2011.
Carlos Caria
Retribuição de votos de um bom ano, Carlos Caria.
ResponderEliminarÉ bom «andar de mão dada com as estações», embora mal os dias fiquem maiores, se ganhe outro alento. Se as plantas gostam de sol, porque não admitir que também o apreciamos?
Que 2011 nos traga a todos momentos de bem-estar, sem grandes ambições materiais (sem carências básicas, é certo), bastando-nos a simplicidade do fluir dos dias:)
Boa noite Teresa!!!
ResponderEliminarAdorei o seu post!!!
Bela imagem e bonito texto!!!
Desejo-lhe um EXCELENTE 2011, repleto de bons acontecimentos!!!
Abraço
Mário F ( Espero que ainda se lembre de mim, que há uns tempos não tenho comentado nada...) :))
Bom dia, Mário.
ResponderEliminarÉ claro que nos lembramos dos nossos amáveis visitantes e recordo-o com nitidez.
Que o novo ano lhe traga também alegrias. Como ainda vamos tendo algumas coisas que, como país, nos destacam (pela positiva), não resisto a fazer copy/paste de uma passagem de artigo do Expresso de dia 18, palavras de um embaixador a deixar Portugal rumo a Inglaterra. Entre cafés e pastéis de nata, alguma (não a desejável, talvez) importância dada aos mais velhos e aos mais novos, ele destaca o seguinte:
«A inocência. É difícil descrever esta ideia em poucas palavras sem parecer paternalista; mas vi no meu primeiro fim de semana em Portugal, numa festa popular em Vila Real, adolescentes a dançar danças tradicionais com uma alegria e abertura que têm, na sua raiz, uma certa inocência».
Um abraço.