31 de dezembro de 2010

10 presentes para um natal com a nova música portuguesa, parte 9

9. sara serpa, camera obscura




o jazz em portugal é um mundo estranho.
ao contrário do que é normal noutros géneros musicais, tem muito mais executantes do que ouvintes e a vitalidade criativa raramente é acompanhada pela merecida audição de quem faz musica de tão grande qualidade.

sara serpa é um desses exemplos de uma enorme qualidade vocal, amplamente reconhecida internacionalmente e amplamente desconhecida do grande público em portugal.
mesmo que aqui já tenha cantado pelo ccb, são luiz, ou aquele que foi uma das suas escolas, o hot club, são seguramente as passagens por casas míticas da divulgação do jazz, como o village vanguard, que lhe dão a destaque e lhe abrem caminhos para os imensos festivais internacionais onde já participou.
com uma formação 'clássica' e uma continuidade em escolas como a berklee college of music (para onde irá o vencedor de um concurso de novos talentos da rtp), sara serpa tem uma solidez vocal invulgar, mesmo para os grandes nomes da vocalidade jazzistica.
mesmo quando canta sem palavras (num 'scat' muito mais rico do que se esperaria), a sua voz é não apenas mais um instrumento sonoro: é um riquíssimo painel de sons criadores de harmonias notáveis e em permanente criatividade.
sara serpa é um dos grandes nomes da música portuguesa.

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