7 de novembro de 2010
Pensamentos em manhã de Outono
Manhã de Outono em Sintra. Cai uma chuva súbita durante o passeio matinal. O guarda-chuva não ficou esquecido no carro qual símbolo de inutilidade, como tantas vezes sucede... Olhando para cima, uma pomba que aparenta estar ali mesmo para a fotografia… Memórias de início de juventude: Max, o cantor madeirense, quase vizinho, frequente companheiro de carruagem de um comboio rumo ao Rossio. Por diversas vezes, caminhando junto ao café Nicola em trajecto comum ao do cantor, reparo que é incessantemente saudado : os vendedores de jornais, o homem das cautelas, os inúmeros anónimos… A todos cumprimenta com afabilidade e entusiasmo. Ficou, até hoje, o pensamento: só alguém simples e um bonito ser humano pode, daquela forma, distribuir sorrisos e palavras pronunciadas de modo tão genuíno e cordial.
Pensamentos súbitos de uma manhã de Outono após ter observado, lá no alto, uma pomba branca.
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