27 de outubro de 2010
Onde me perco
Entre o verde esmeralda da ilha e o azul marinho, a poucos quilómetros da península de Dingle, um museu denominado «dos celtas»… Surpreende o facto de ser privado e de os seus proprietários residirem no local, entre as salas onde se encontra joalharia fabricada por gentes do passado, fósseis e instrumentos cortantes colhidos ao longo do nosso continente, há cordas a vedar o acesso aos aposentos pessoais, com o letreiro: «espaço privado, não entrar». Reparo, com surpresa, que o dono cobra a tarifa de entrada consoante a origem dos visitantes. A situação poderá parecer discriminatória, mas o pequeno grupo de turistas portugueses agradece, pois o preço de entrada é amigável, ao contrário do que sucede com os visitantes que se seguem e nem se apercebem do significativo desconto... Ao receber o troco, um sorriso acompanhado de um nacional e entusiástico «obrigado!», quase sem sotaque… Ao lado do acolhedor café do museu cujo sugestivo nome é «Scones & Bones», um recanto de velharias a deslumbrar quem gosta de pequenas viagens no tempo. Noutro continente já tive um filtro para a água idêntico ao fotografado… Subitamente um sorriso secreto ao pensar na sobrinha R e na sua habitual expressão «onde me perco»…
olá! eu adoro antiguidades ou velharias...talvez seja um gene de família. beijos
ResponderEliminarUns colegas meus foram ao Algarve há uns anos e contaram-me uma engraçada.
ResponderEliminarEles queriam ir ao cimo de uma torre e o moço que os atendeu pensava que eles eram estrangeiros (são os dois muito branquinhos, passam por ale~es, sem problemas). E, antes de eles falarem em português, começou a falar-lhes da torre em inglês. Ele, professor de inglês, deixou-o falar, mas quando o moço disse o preço responde-lhe em português, dizendo que não estava interessado no preço. Ele pediu desculpa por ter falado em inglês e disse: "AH! como são portugueses, não pagam nada!". Eu acho que essa diferença de preços pode ser bastante boa e justa. POrque um alemão que vá ao Algarve passar férias pode pagar mais do que muitos portugueses que vão até ao Sul...
Quando ao museu em questão, deve ser um encanto, essa mistura de vida e de história no mesmo espaço.
Eu também gosto destas coisas antigas, independentemente do valor que se lhes atribui no mercado, Nuno. O meu pai deve ter-me transmitido isso, pois lá por casa ainda há colecções das mais variadas coisas:)
ResponderEliminarCompreendo o ponto de vista, Luísa, mas acontece que o pequeno grupo familiar que pagou os bilhetes algum tempo depois dos portugueses era da Polónia... foi isso que me fez ficar a magicar no critério...
ResponderEliminarO museu é interessante, mas escondido e de caminho sinuoso: a estacionar o carro uma pancadinha 'seca' soltou um pouco do para-choques (coisita pouca que de imediato se conseguiu reparar):)