18 de agosto de 2010

meu querido mês de agosto, parte 1: os incêndios de fajão




o ano em fajão divide-se em duas grandes épocas:
agosto e o resto do ano.
o 'resto' do ano é tão bom que lhe 'desculpo' o agosto.

o agosto em fajão são os incêndios ou os medos deles;
a 'tradição' diz-nos que os grandes fogos em fajão são um assunto de década.
com uma pontualidade quase absoluta, as chamas chegam junto à aldeia a cada década, no ano 5º.
o último teve o seu pico mais intenso a 15 de agosto de 2005.
pelo meio são incêndios mais pequenos, como uma espécie de pré-aviso de catástrofe.
depois de 2005, principalmente com os sapadores, tem havido uma imensa preocupação com a abertura de corta-fogos, limpeza de bermas e de matos junto às aldeias da freguesia.
provavelmente evitará males maiores que seguramente virão.
este fim de semana o incêndio atacou na encosta em frente, na cota superior das gralhas, onde há uns 15 dias dias tinha havido um outro provocado por um 'incidente acidental': uma fagulhas duma serra a cortar madeira.
a rapidez do ataque foi assombrosa e a eficácia também: uns rápidos jactos vindos de um avião apagaram o fogo com uma velocidade que parecia ficcionado para material de propaganda.
em menos de meia hora estavam no local 2 helis, 1 avião, os sapadores e o fogo apagado.
desta vez, pelo menos por uns dias, o medo dum grande fogo está adiado.
mas a questão em fajão parece ser sempre essa:
está adiado.
apenas.

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