27 de agosto de 2010
Beleza pura
O calor do dia convidava a um passeio ao serão. Surpreendida com uma venda de alfarrabista a horas um pouco avançadas (para a própria que costuma madrugar), descubro o que consiste, a título pessoal, numa preciosidade. É que alguns livros trazem evocações. A imagem representada é retirada de um desses exemplares que existe em casa da família mais próxima. Num passado algo distante tentei adquiri-lo , tendo ficado a saber tratar-se de uma edição de tiragem limitada e, como tal, fiquei-me pela intenção…
Lá por casa e nos idos 70, ficámos fãs de algumas das suas receitas que ainda hoje se tornaram clássico familiar ( copiei algumas das páginas o que, para além da trabalheira, não é o mesmo que ter o estético objecto-livro).
Esta obra, As 100 receitas mais famosas do mundo, conta com a colaboração técnica de Maria de Lourdes Modesto e teima sempre o olhar em se colar a esta fotogénica Sacher Torte (eternamente adiada para tempos de maior inspiração).
Sendo o autor - como será do conhecimento de muitos - um famoso chef que lhe dá nome (este Sacher nunca poderia ser o Masoch nem seu parente afastado), fica-se a pensar em outras receitas baptizadas com o nome dos seus inventores. Para lá dos que se dedicaram quase exclusivamente à cozinha – incluindo-se na lista o “nosso” Gomes de Sá – outro sonho gastronómico (para além desta delícia com "resmas" de chocolate) é sem dúvida o das amêijoas à Bulhão Pato (que me perdoem uma vez mais os não apreciadores de coentros, como será possível incluí-los no rol das abominações?) ficando-se a pensar que só um poeta as poderia ter inventado, receita responsável – penso eu “de que” – pelo início de uma nova era (d.B.P: depois de Bulhão Pato) dado ser a junção azeite, alhos e coentros uma das mais conseguidas através dos tempos...
Teresa, e agora o que faço? Fiquei cheio de fome! Puxa não se faz! Onde vou arranjar uns bivalves a esta hora para os abrir à Bulhão Pato?... e esse apetitoso bolo de chocolate com o nome afrancesado, Sacher Torte, não pode vir por expresso mail? :))
ResponderEliminarO comentário do Miguel Gil fez-me sorrir... Já agora, a Sacher Torte é da autoria de Eduardo Sacher, chefe de cozinha do príncipe de Metternich, tendo a receita original passado para a sua nora, Ana Sacher, que tornou mundialmente famoso o Hotel Sacher de Viena (pode ler-se na introdução à receita neste precioso livro):)
ResponderEliminarTeresa, outras tortas famosas, - isto das férias é um desastre e a memória falha por todos os lados -, não podemos esquecer a Sacher do Hotel Imperial e a da pastelaria Demel ambas em Viena.
ResponderEliminarMiguel, O Hotel Imperial em Viena envia as suas tortas Sacher para todo o Mundo, é só encomendar , pagar primeiro a torta e os portes e receber depois pela via que mais deseja.
ResponderEliminarEu já recebi assim a minha torta - prenda de Natal - via DHL, vai para una 10 anos, e digo mais, o bolo é o reino dos céus ou coisa parecida.
... a DHL foi pioneira, agora há uma infinidade de serviços a distribuir rapidamente o que no passado era impensável chegar em tempo útil a nossas casas, sob risco de se adulterar a maravilha que é este bolo. Em tempos levei por engano uma chave comigo para Cadiz e, na manhã seguinte bem cedinho, já estava entregue em Lisboa a quem de direito:)
ResponderEliminarObrigado Carlos Caria pela boa deixa: 'O Hotel Imperial em Viena envia as suas tortas Sacher para todo o Mundos'! Se necessitar de 'o reino dos céus ou coisa parecida' já sei onde recorrer, sobretudo associando-a à deixa da Teresa (obrigado Teresa) da DHL, á qual só imaginava recorrer em situações de expediente profissional. :))
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