20 de agosto de 2010
Antigas leituras para a juventude
À procura de um outro livro, descubro este exemplar antigo. O nome do seu proprietário não surge na primeira página, mas o aroma inconfundível informa-me que só poderia ter provindo da estante do meu avô V, tantas vezes visitada no passado durante as férias grandes em Lisboa. Na terceira página, a confirmação. Pertencia ao meu pai quando era jovem. Dou comigo a pensar como era diferente a literatura infanto-juvenil na década de 40… tudo isto se cruza com um artigo ontem recebido do Canadá, dando conta de um estudo (aparentemente criterioso) norte-americano efectuado desde o ano 2000 e no qual se conclui que significativa percentagem de jovens, à entrada da universidade, defendem ideias como a de Beethoven ter sido um cão da raça S. Bernardo e a Checoslováquia nunca ter existido…
Folheando as páginas deste bocadinho de memórias e tendo plena noção do elevado número de crianças que injustamente pela nossa terra nem iam à escola nesse tempo, percebo como os conhecimentos genéricos (vulgo cultura geral) eram interiorizados, ao longo do crescimento, com a naturalidade de quem respira…
A Piteira
Perguntou Maria à mestra,
Vendo uma planta nascida:
- Como aparece isto aqui?
Quem a trouxe, ou lhe deu vida?
- Trazè-la? Talvez o vento,
Qualquer animal ou ave,
Lançou no vaso a semente
De que nasceu esta agave,
[…]
Da seiva fazem no México
Uma alcoólica bebida,
Que é pelo nome de pulca
Vulgarmente conhecida.
Faz-se também um xarope,
Simples e muito eficaz,
Que cura a tosse
Mais profunda e pertinaz.
[…]
autor: Alonso
ResponderEliminarautor: Alonso
ResponderEliminar