24 de março de 2010

O exilado

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“Ah! E temos nós saudades desta cafraria, quando estamos longe!... (…) – Pudera... é a nossa terra!... (…) Falamos, falamos, dizemos cobras e lagartos, mas, ao fim de uns tempos no estrangeiro, começamos a andar às aranhas!... Falta-nos este sol, este cheiro, esta gente!... Lá fora, as coisas podem ser melhores, mas a pátria é a pátria! (...) Podem dar-nos acepipes de rei: coq au vin, soufflés au fromage, canard au sang… Nada vale uma pratada de bacalhau com batatas que está para a cozinha o que a flecha do sílex está para a espingarda automática!... Mas foi numa lasca de bacalhau que aguçámos os primeiros dentes... e sobretudo cheira a casa paterna!...” ((Matai-vos uns aos Outros!)

Assim era noticiado na Revista Eva: a atribuição do Prémio Camilo a Jorge Reis e o Grande Prémio de Novelística a Jorge Régio. Muitas caras conhecidas entre a assistência.Jorge Reis esse, continuava exilado em Paris, onde continuou até morrer Tenho a ideia de que nunca li o Matai-vos uns aos outros. Gostei do excerto que repesquei, do Instituto De Literatura Comparada, se o encontrar chamo-lhe um figo. E googlando por este autor, noto um imenso esquecimento à sua volta. Entristece-me.


2 comentários:

  1. Conheci-o bem, T. Tinha um apartamento de férias em Cascais.
    Era casado com uma senhora alsaciana, e viveu em Paris até morrer.
    Era uma figura fascinante e cultíssima. Era um esteta.
    Bem lembrado.
    Um abraço

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  2. Um abraço caro RAA:)
    Tenho mesmo que o ler:)

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