14 de dezembro de 2009

Um americano em Paris faz hoje 81 anos

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(agradecendo ao J.S. a lembrança da efeméride)

Faz hoje 81 anos que George Gershwin apresentou pela primeira vez a sua peça An American in Paris. O compositor designou-a por «poema sinfónico», expressão ilustrativa das suas características tão próprias.
De um ponto de vista estritamente pessoal (e, como tal, impressionista), designá-la-ia por «sinfonia visual». Da mesma forma que as composições de Ravel nos trazem indissociáveis sensações visuais, o mesmo se verifica com a obra de Gershwin : enquanto um turista do novo continente deambula por Paris, é conduzido por sonoridades próprias da cidade.
Sentado a uma mesa de café no Quartier Latin, o viajante capta acontecimentos do quotidiano. Para representar uma discussão entre motoristas de táxi, Gershwin recorre a buzinas de automóveis, ideia inovadora para a época.
A nostalgia do turista longe da sua terra natal é conseguida através de passagens que nos levam a estabelecer uma associação ao blues, como se o estrangeiro lembrasse em permanência – apesar dos encantos da cidade-luz – o seu país de origem.
A peça foi utilizada em 1951 por Vincent Minnelli para o filme homónimo tendo, no ano seguinte, recebido importantes galardões. A película que culmina com um arrebatador bailado, ocupa hoje a 9ª posição na categoria dos vinte e cinco melhores musicais norte-americanos de todos os tempos.

2 comentários:

  1. Excelente lembrança. E porque uma coisa arrasta outra, veio-me à mente a "Rhapsody in Blue". Dirigida e tocada por Leonard Bernstein. Que está aqui:

    http://www.youtube.com/watch?v=ZmUHI2yTtVY

    (e a segunda parte no link ao lado do vídeo).

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  2. Tks, é o que dá ter colegas com este hábito ancestral da atenção às datas, caso contrário ter-me-ia escapado.

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