28 de dezembro de 2009

JÁ NÃO HÁ FORMA DE LÁ VOLTAR...




















Quando em Agosto, que é o tempo em que se preparam os discos de Natal, soube que Bob Dylan estava nos estúdios de Jackson Browne, em Santa Mónica, na Califórnia, a gravar um Christmas Álbum, quis acreditar que o velho Dylan ainda o conseguiria surpreender, ele que trasnporta um velho contencioso com o Sr. Robert Allan Zimmerman.
Durou pouco a expectativa pois logo os jornais da especilidade, revelaram que o disco seria um mero reportório de canções tradicionais, já vulgarizadas por todos os meios, pelas mais variadas gentes e não apresentavam fagulha de ineditismo.
Logo pensou que do bolso dele não sairia um cêntimo sequer, para comprar “Christams in The Heart”, o 34º álbum de estúdio de Bob Dylan.
Mas há detalhes para os quais não é necessária grande sabedoria para concluir que, os ventos natalícios iriam enviar-lhe o disco. Estava escrito. Tão escrito que em vez de um, teve dois, o que lhe permitiu trocar um deles por um belíssimo "The Celtic Viol" de Jordi Savall e Andrew Lawrence-King.
O que poderia ser uma bela surpresa é uma amarga desilusão. Já não queria que Dylan tivesse composto canções de Natal de sua autoria, mas caramba!, pelo menos que transmitisse aos clássicos que escolheu, um daqueles golpes de voo de águia que fizeram dele o genial cabotino que escreveu das mais belas canções do século. Apesar de…
Definitivamente Dylan já não o poderá surpreender. Já há velhice a mais para que isso possa acontecer…
Um disco bizarro, chamou-lhe o Dudu, a caminho da segunda garrafa de “Murganheira”. Percorrendo os mesmo caminhos, entendeu chamar-lhe um disco desprezível…
Dudu achou isso um perfeito exagero, mas não conseguiu evitat. Tem razões de sobra para assim o entender, razões que agora não vêm ao caso...

2 comentários:

  1. Caro Dylan: o "quem" não me parece ser ponto interessante, mas se a pergunta se dirige para o modo como "falou" de Bob Dylan aí o caso muda de figura, mas também não poderá ser num comentário que a "coisa " poderá ser esclarecida. Tão pouco sabe se tem unhas para tocar a guitarra com que lhe poderia responder.
    Demorou alguns dias para fzer o "post", perguntou-se as vezes suficientes de valeria a pena. Aconteceu que qualquer coisa o levou a "carregar na mensagem". Não se preocupe muito, saíu-lhe boca fora, há-de morrer com um poema do Manuel António Pina encravado na garganta: " o café agora é um banco, tu professora de liceu; Bob Dylan encheu-se de dinheiro, o Che morreu. Agora as tuas pernas são coisas úteis, andantes,/e não caminhos por onde andar como dantes."
    Complicado de perceber?
    Acredita que sim, caro Dylan!
    Mas a culpa não é sua!
    Um abraço, um Bom ano

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