o homem estará cá amanhã

haja ovos e tomates em profusão


james watson é uma pessoa notável por várias razões.
aquela que o torna mais famoso é o facto de ter sido um dos descobridores da estrutura da molécula de adn, no começo dos anos 50 e que lhe valeu o nobel da medicina em 1962.
no entanto, o senhor watson (já aqui alvo de uma dedicatória), para além de dessa qualidade científica importante, manifesta várias vezes a sua absoluta incapacidade de ver para além do microscópio.
o relatório das suas alarvidades fazem parecer qualquer jogador de futebol um génio da ciência.
no ano 2000, durante uma conferência desenvolveu uma novíssima tese sobre a influência da cor da pele nos impulsos sexuais e na natureza, digamos animalesca, das peles mais escuras quanto aos seus impulsos sexuais.
é dele também a notável proposta da defesa do aborto quando exista a suspeita do feto ser portador do ‘gene da homosexualidade’
em 2007 afirmou numa entrevista ao sunday times que a genética dos negros os torna menos inteligentes que os brancos, e exemplificou dizendo que qualquer pessoa que já teve um empregado negro sabe do que ele está a falar. e continuou com mais umas considerações avulsas sobre o futuro de África e sobre o erro de (nós, os brancos) os tratarmos como pessoas iguais a nós.
a culpa não é deles e não há nada a fazer quanto a isso… é da genética, diz o génio da lâmpada
amanhã o branco senhor, que é presidente do conselho científico da fundação champalimaud, dará uma conferência em lisboa.
ele tem todo direito a ter as ideias dele.
eu tenho o direito de achar que o senhor além de um alarve racista, não merece o mais pequeno crédito, seja pelo que for