30 de novembro de 2009

Chan Kaiieng: uma menina prodigiosa

Image and video hosting by TinyPic
Chan Kaiieng surpreendeu ontem o público “ocidental”. Nascida em Macau e a viver em Pequim, apresentou diversas peças de guitarra clássica no Museu do Oriente.
De doze anos e aparência frágil , tem como professor o próprio pai. O desempenho demonstrado e a escolha do complexo reportório, levam-nos a pensar na disciplina adoptada para, ainda tão jovem, conseguir interpretar com correcção compositores como Villa-Lobos, Bach ou Vivaldi.
Dá que pensar o facto de uma criança ter começado a aprender música aos 3 anos e de já contar com diversos prémios ganhos por esse mundo fora.
Apesar da austera disciplina a que deverá estar sujeita para, tão nova, ter conseguido atingir um patamar de qualidade que conseguiu surpreender os executantes de guitarra clássica presentes na assistência, tudo leva a crer que toca com gosto, o que poderá conduzir à conclusão de que o esforço – mesmo na infância e juventude – acaba por ser compensador, deitando por terra a ideia de alguns teóricos da educação (espero que cada vez mais ultrapassados) de que tudo tem de ser muito lúdico e sem esforço para entusiasmar os mais novos na aprendizagem.
Escondida na penumbra num espaço lateral do palco, a mãe olhava-a com um sorriso, como que a incentivá-la a «mergulhar» nas sonoridades que produzia.

8 comentários:

  1. prática, muita, muita prática, só com amor...

    já Camões o disse: "julgue-o quem não pode praticar"

    será por isto que nos dedicamos às teorias... ;)

    ResponderEliminar
  2. Concordo e isso conduz a um tema empolgante a título particular: fará sentido o conceito de «vocação» ? A fazer sentido, como poderemos defini-la? Este termo causa 'urticária' a muita gente... até por parte de pessoas que admiro pelo empenho, tenho percebido alguma 'reactividade' quando pergunto o que significa «ter uma vocação»:)

    ResponderEliminar
  3. serão pessoas sem vocação!? ;)

    a palavra talvez tenha sido abusada quando se tratava de enviar crianças para seminários e conventos, o que explicaria a reacção em pessoas da faixa etária correspondente...

    mas provavelmente o problema está na teoria de que devemos ser iguais... ;)

    ResponderEliminar
  4. O conceito encontra-se realmente gasto, tendo para alguns o sentido pejorativo que a almariada refere.

    Quanto ao 'não sermos realmente iguais', lembro o divertido avô de uma grande amiga (quase até aos 100 anos tinha sempre episódios deliciosos para nos contar). O pai decidiu que ele havia de ser um violinista exímio. Ao fim de poucos meses, o professor de música informou a família que, apesar de se encontrar muito necessitado do dinheiro, era um logro insistir em fazer do rapaz músico:)

    ResponderEliminar
  5. :)

    pois é, as vocações não se podem impôr, nem retirar...

    o que também não se coaduna com teorias voluntaristas e ainda menos com as políticas...

    ResponderEliminar
  6. ... e essas, sim (teorias voluntaristas e políticas), podem causar problemas psicossomáticos...
    :0)

    ResponderEliminar
  7. ah pois criam! mas é preciso dar trabalho aos psicólogos, não é? ;)

    ResponderEliminar