12 de setembro de 2009

Serão os homens de Marte e as mulheres de Vénus?

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Por vezes chegam ofertas de livros que ficam esquecidos nas prateleiras das estantes… não porque tenha a pretensão de ler em exclusividade ‘coisas eruditas’ (algumas até dão sono) mas por serem enjoativamente pink & light - certos autores já se encontram em definitivo no índex pessoal e só quem não conhece de todo a leitora é que lhos oferece. A aversão deve-se à enorme profusão de lugares-comuns, levando a pensar como vendem tanto e se encontram em permanência nas prateleiras dos supermercados.
A ideia surgiu após ausência de poucos dias ligada à segunda ocupação – a de eterna estudante – o que leva a viajar no tempo até à juventude, tendo levado tal associação a dois títulos há anos por ler e aqui mesmo ao lado (duvido vir ainda a lê-los), a saber:Por que é que os homens não ouvem nada e as mulheres não sabem ler os mapas de estrada e , dentro do mesmo género, (parece-me) Os homens são de Marte e as mulheres de Vénus.
E como reza a cantiga (obrigada, SG, pelos registos do quotidiano, também eles tão importantes) “isto anda tudo ligado” dei comigo a pensar como as saídas com as minhas colegas se tornam num regresso aos últimos tempos de liceu (dado na faculdade já ter emprego, o que deixou tempo limitadíssimo para as vulgares socializações estudantis):
- o facto de nós, mulheres, encararmos umas boas centenas de quilómetros como algo que é para “se ir fazendo”, ou seja, para parar quando apetece e ficar, sem pressas, uma hora na esplanada da área de serviço em amena cavaqueira, nem que se chegue ao destino a horas mais tardias (como se não se pudesse, em trânsito, continuar a conversa…);
- os prolongamentos de desabafos e estórias de vida, levando quase a directas (com custos elevadíssimos para quem nunca resistiu muito a perder horas de sono, o que é pior, no caso pessoal, do que saltar uma refeição);
- o carro sem pegar na manhã seguinte para se chegar à universidade por ter ficado uma luz interior ligada, na confusão de arrumar malas, mochilas e mapas, caoticamente espalhados (só os homens cuidam dos carros como nós nos preocupamos com a casa, mesmo sem tempo, por vezes, de a mantermos muito arrumada);
- o GPS (propositadamente) esquecido a um canto do armário (quando por cá descobrirem, vou ser repreendida como uma criança apanhada em falta, mas para quê essa modernice quando o trajecto é todo em auto-estrada?);
- a única (pequeníssima) saída turística efectuada com o objectivo principal de recarregar a bateria do veículo, após o amabilíssimo motorista de táxi da tal manhã crítica se prontificar a ir de propósito ter connosco para ligar uns cabos para ajudar, em 2 minutos, a resolver a situação, tendo terminado com a moral: “ e ainda dizem mal dos motoristas de táxi!” (obrigada, Sr. Rodrigues com telemóvel da mesma rede);
- e, finalmente, um regresso a casa – que bom, por aqui não 'torra' aquele calor que quase retira acção aos neurónios – a horas improváveis com paragens em áreas de serviço para mais uma aguinha, um bolo, 3 telefonemas e umas 4 SMS (de conversa talvez adiável, nesta altura, confesso que o cansaço já comandava e surgiam alguns laivos de impaciência) tudo isto sem pressas (relativas, digo eu aos meus botões,amiga C...) de ‘matar quilómetros’.
E, para concluir, desta vez para além da máquina fotográfica ter ficado esquecida dentro da mala da roupa na única saída de 20 Kms mais ou menos turística, também me pareceu que os locais eram tão evidentes (e já tão postados em postais antiquíssimos, antigos e assim-assim) que nem mereciam adivinhas.
E, como respondi a uma amiga que desta vez não nos pôde acompanhar em digressão académica (num dos tais telefonemas de área de serviço), neste local não havia um jumento à porta da universidade, tal como sucedeu em Maio passado e cuja foto me apressei a postar, o que talvez signifique, para nós, uma promoção estudantil (as desculpas aos asininos):)

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