13 de setembro de 2009

Conversas de esplanada

Entre uma senhora, filhos e outra senhora amigo.
"Isto está uma depravação digo-te eu. Uma miúda daquelas novas, toda a bambolear a fazer-se ao meu homem! Eu disse-lhe, ò rapariga vê se o queres, assim amurchentado, flácido e careca, ele não te vai servir para nada. Mas ela nem respondeu, revirou os olhos e pôs-se a agitar as pernas. Se quiser que o arrebanhe, também para o que ele serve, todo mole. Aquilo já não funciona. E eu ando para aqui insatisfeita, estou como aquela da novela"

Entre as muitas conversas que ouvi em férias, retive esta, Isto porque me escangalhei a rir com o amurchentado, bem dito sim senhora, e o sotaque doce alentejano que dava uma graça certa à descrição. Mas depois da amiga se ter retirado e dos filhos se terem pirado para comer um gelado, olhei bem para a cara da senhora. E tinha um olhar triste e perdido.

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