25 de setembro de 2009

Contrastes ou a arte da guerra (em paz)

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Gengis Khan
Aí está ele, passando revista às tropas
com a sua armadura reluzente.
Os seus pés levantam ondas de poeira
e ninguém ousa fitá-lo de frente.

Na sua couraça quebram-se as lanças inimigas
e um gesto seu põe em fuga um exército inteiro
... mas não pode dobrar-se para apanhar uma flor
nem coçar as costas, o poderoso cavaleiro.

Álvaro Magalhães, O Reino Perdido

3 comentários:

  1. Bem observado, sim senhora!
    Ou seja: não pode aproveitar as coisas melhores da vida (que são sempre as mais simples).

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  2. Concordo com a Paula, a estrutura social nos sufoca a tal ponto que ficamos imóveis mesmo que percorramos todo o mundo.

    Abraços
    Por uma sociedade melhor!
    aurasacrafames.blogspot.com

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  3. Obrigada às duas. A imagem captada num sítio em que se aprende a arte da defesa (sem ataques) ou seja, aproveitando a força do adversário, levou-me a estabelecer este contraste com um texto hoje estudado. Penso que o poema é múltiplo de sentidos e pretende-se o seu 'negativo' (em linguagem fotográfica) com o local da imagem:)

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