3 de setembro de 2009
AO CAIR DA NOITE
Há dias em que não se pode sair de casa.
Saiu pela tardinha com os olhos cheios de cascas de laranja embrulhadas em chocolate, que alguém, de Bruxelas enviara à Teresa. Regressa pelo findar da noite. Senta-se em frente desta geringonça, para ver como vão as modas, e fica a saber que amanhã, na TVI, não há o Jornal Nacional da Manuela Moura Guedes.
Conclui ligeiro: “ora aqui está um interessante acto de higiene.”
Só que, mais à frente, fica a saber que se chegou ao acto higiénico por caminhos a roçar o deplorável.
Paira uma enorme confusão para que diga o que quer que seja. Parece mesmo que ninguém se entende sobra a matéria. É melhor deixar que a poeira assente.
Não será isto que lhe vai tirar o sono, mas não gostaria de abandonar a prosa sem lembrar a batida frase do Voltaire, que fica sempre bem em ocasiões como esta: “Não concordo com uma única palavra do que diz, mas defenderei até à morte o seu direito de dizê-la”
Juan Luis Cebrián Echarri
ResponderEliminarOntem, em casa a trabalhar, perdi a conta a mails de colegas que, indignados, se referiam ao facto ou enviavam links para a notícia...
ResponderEliminarE dou comigo a pensar: como seria bom que cada um de nós só tivesse deixado de acreditar no pai Natal e no coelhinho da Páscoa:(