já aqui escrevi longamente sobre isso. penso que num comentário. mas como os comentários antigos foram à vidinha deles, a coisa deve ter morrido.
a comuna saiu da forja dos bonecreiros. nasceu no 1º de maio de 72 (quase a fazer anos, portanto) em 73(acho) a comuna assentou e fez alguns espectáculos numa sala da fábrica da portugália na almirante reis. a entrada era pela porta de ferro mesmo no limite do gradeado com o bloco de entrada da cervejaria. percorria-se essa espécie de intervalo entre a fábrica e o muro exterior, passava-se pelo tunel que ainda lá deve estar e desviava-se á direita. era por aí.
antes tinham passado por uma garagem da praça josé fontana (que era propriedade do vasco morgado), onde vi o memorável 'para onde is?'. no jardim em frente ao liceu camões, onde mais tarde funcionou uma livraria... mas se foi na praça praça josé fontana o primeiro lugar, acho que foi na portugália o primeiro espaço onde se mantiveram com carácter mais permanente.
O espaço da Cervejaria Portugália era cedido pelo Manoel Vinhas, um empresário pachola que gostava de ajudar a malta da artes. Recorda que Luiz Pacheco era um desses beneficiados ao ponto de lhe ter dedicado "Exercicios de Estilo", Lisboa 1971. "A Ceia" era a peça, um conjunto de textos de diversos autores, que estava em cena quando se deu o 25 de Abril e logo depois deu origem a um outro espectáculo, desta vez sem ser visado pela censura.. O palco estava no meio e em redor as bancdas de pau duro. No 1o de Junho de 1974 a Comuna monta em Belém um espectáculo-cegada, transmitido directamente pela televisão, em que a Igreja e figuras do anterior regime eram ridicularizadas, ao ponto de Raul Rego, responsável pela comunicação social, ter mandado cortar a emissão. Oportunamente há-de trazer esse episódio aqui aos "Dias Que Voam".
participei nesse espectáculo de belém no 10 de junho. juntamente havia um painel colectivo a ser pintado pela nata dos nossos pintores (não faço a minima ideia onde estará agora) e ao mesmo tempo que eles pintavam, havia sempre alguém a cantar. o grupo de que fazia parte na altura cantou aí..
onde começou o teatro da comuna
ResponderEliminarFoi aí? Conta a história!
ResponderEliminarjá aqui escrevi longamente sobre isso.
ResponderEliminarpenso que num comentário.
mas como os comentários antigos foram à vidinha deles, a coisa deve ter morrido.
a comuna saiu da forja dos bonecreiros.
nasceu no 1º de maio de 72 (quase a fazer anos, portanto)
em 73(acho) a comuna assentou e fez alguns espectáculos numa sala da fábrica da portugália na almirante reis.
a entrada era pela porta de ferro mesmo no limite do gradeado com o bloco de entrada da cervejaria.
percorria-se essa espécie de intervalo entre a fábrica e o muro exterior, passava-se pelo tunel que ainda lá deve estar e desviava-se á direita. era por aí.
antes tinham passado por uma garagem da praça josé fontana (que era propriedade do vasco morgado), onde vi o memorável 'para onde is?'. no jardim em frente ao liceu camões, onde mais tarde funcionou uma livraria...
mas se foi na praça praça josé fontana o primeiro lugar, acho que foi na portugália o primeiro espaço onde se mantiveram com carácter mais permanente.
O espaço da Cervejaria Portugália era cedido pelo Manoel Vinhas, um empresário pachola que gostava de ajudar a malta da artes. Recorda que Luiz Pacheco era um desses beneficiados ao ponto de lhe ter dedicado "Exercicios de Estilo", Lisboa 1971.
ResponderEliminar"A Ceia" era a peça, um conjunto de textos de diversos autores, que estava em cena quando se deu o 25 de Abril e logo depois deu origem a um outro espectáculo, desta vez sem ser visado pela censura..
O palco estava no meio e em redor as bancdas de pau duro.
No 1o de Junho de 1974 a Comuna monta em Belém um espectáculo-cegada, transmitido directamente pela televisão, em que a Igreja e figuras do anterior regime eram ridicularizadas, ao ponto de Raul Rego, responsável pela comunicação social, ter mandado cortar a emissão. Oportunamente há-de trazer esse episódio aqui aos "Dias Que Voam".
participei nesse espectáculo de belém no 10 de junho.
ResponderEliminarjuntamente havia um painel colectivo a ser pintado pela nata dos nossos pintores (não faço a minima ideia onde estará agora) e ao mesmo tempo que eles pintavam, havia sempre alguém a cantar.
o grupo de que fazia parte na altura cantou aí..
Já foi abaixo... :( passei por lá esta semana.
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