Começo de “Consideram-se Mortos e Morrem” de Elio Vittorini:
“Na nossa família somos um ror de gente e, de todos, a única pessoa que trabalha e ganha alguma coisa é o meu irmão Euclides. Eu estou desempregado há certo tempo; o marido da minha mãe encontrava-se já sem trabalho quando ela, no Outono passado, o meteu em casa; a minha irmã que era caixeira numa loja, foi despedida este Verão; por isso dependemos todos, incluindo o meu avô, do pouco que gannha o meu irmão Euclides a reparar bicicletas na oficina do seu patrão, mecânico.
Ele entrega em casa, todos os sábados à noite, a sua féria e a minha mãe pega no dinheiro e conta-o sobre o avental.”
Não conheço Elio Vittorini, mas o título deste livro tocou-me forte, fortíssimo, na alma.
ResponderEliminarHá tanta genuinidade nestas poucas palavras certamente ficcionadas.
Fiquei com vontade de ler mais...
Obrigada pela partilha!