As pessoas sensíveis não são capazes
De matar galinhas
Porém são capazes
De comer galinhas
O dinheiro cheira a pobre e cheira
À roupa do seu corpo
Aquela roupa
Que depois da chuva secou sobre o corpo
Porque não tinham outra
O dinheiro cheira a pobre e cheira
A roupa
Que depois do suor não foi lavada
Porque não tinham outra
"Ganharás o pão com o suor do teu rosto"
Assim nos foi imposto
E não:
"Com o suor dos outros ganharás o pão."
Ó vendilhões do templo
Ó construtores
Das grandes estátuas balofas e pesadas
Ó cheios de devoção e de proveito
Perdoai-lhes Senhor
Porque eles sabem o que fazem.
Sophia de Mello Breyner Andresen
(Livro sexto)
Tenho a sensibilidade exposta na primeira quadra.
ResponderEliminar... já "semos" duas, embora, em miúda, tenha assistido a algumas chacinas das ditas...e dos perus para o Natal, então nem se fala... ele há cada história com "anestesias" a bagaço, enfim, não falemos de coisas tristes:(
ResponderEliminarTeresa, já que falou em "anestesias" de bagaço, dado aos perus, na época natalícia, esse foi dos meus grandes feitos, quanto jovem.Lembro-me da minha querida avó, atrás de mim, com a colher de pau na mão e eu a fugir, pelas escadas de salvação, de ferro, que se usavam muito nessa época.
ResponderEliminarMas, atenção que nem sempre consiguia escapar a tempo:)
Fernando