4 de fevereiro de 2009

DIAS CINZENTOS...



A crise que por aí anda torna os dias lúgubres.
Quando finalizou os textos de Natal, com que encharcou a paciência dos viajantes dos “Dias Que Voam”, deixou mais ou menos dito que gostaria de hibernar e apenas voltar quando a Primavera começar a mandar os seus primeiros borrifos. Acontece que uma manhã de chuva no Mercado de Arroios, levou-o a escrever um “post” e, depois disso, apenas tem cumprido com os serviços. Sente que as falangetas têm dificuldades várias em deslizar pelo teclado.
As leituras também se ressentem. Volta e meia pega num livro e vai passando as folhas. Hoje foi um volume do “Diário do Miguel Torga que é autor – velhas histórias… - que não o entusiasma muito.
Mas chamou-lhe a atenção a entrada de 14 de Novembro de 1985, pensou que tem um cunho de actualidade e adapta-se bem aos dias cinzentos e lamentáveis que a política do burgo atravessa:
“Há uma coisa que eu nunca poderei perdoar aos políticos: é deixarem sistematicamente sem argumentos a minha esperança.”

7 comentários:

  1. O "post" teria muito comentário a tecer. As aberturas dos noticiários começaram a ser cada vez mais pesadas, pois as pessoas não são(não deveriam ser) meros números.:(

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  2. Caro Gin-Tonic,

    depois de ter lido a sua exposição, é francamente lamentável, todos os dias, nós ouvirmos nos telejornais, lermos nos jornais, a situação caótica, a que chegou o nosso País.
    Ainda querem " políticos ", que tenhamos mais esperança.

    Um pequeno concelho. Teremos que ser bem fortes, bem duros, bem corajosos, para defrontar, o que se está a passar e o que ainda há-de vir.

    Nem pouco mais ou menos, baixar os braços.

    Um abraço,

    Fernando

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  3. Há algo de triste e contemplativo nesta fotografia...já está roubada!

    JA

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  4. A fotografia foi tirada no dia 5 de Fevereiro do ano passado e tanto quanto se lembra era uma terça-feira de Carnaval, cinzenta, triste, chata. A fotografai diz muito mas não diz tudo.
    O homem sentado no banco da Fonte Luminosa seria um imigrante de um qualquer país do leste. Antes tinha estado a compartilhar uns pedaços de pão e uma cerveja com outro imigrante. Apenas trocaram ums breves palavras, mas depreendia-se dessa troca de palavras uma profunda tristeza por terem vindo de tão longe à procura de uma outra luz que não encontraram. Ainda andrão por aí ou saltaram para outras paragens em busca dessa luz?
    Mas a parte comovente foi a solidreidade que saltava daquela partilha de pão numa tarde fria num banco de jardim. É isso que a fotografia não mostra e as palavras não conseguem revelar...
    Depois do compatriota ir embora ele ficou a olhar... só ele sabe para onde...

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Estranho Gin-Tonic....foi esse mesmo homem que me transmitiu essa sensação! Uma excelente fotografia....e de facto, revelou bastante só por si. Agora que sei a história, mais gosto dela.

    Por acaso não me poderia enviar a fotografia para o meu gmail, pois este formato aqui no blogue é muito pequeno para fazer uma cópia de jeito.

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