26 de janeiro de 2009

O palácio: lembrando Antero de Quental

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E como ilustração para a imagem, um soneto como homenagem a um grande açoriano:

PALÁCIO DA VENTURA

Sonho que sou um cavaleiro andante.
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busco anelante
O palácio encantado da Ventura!

Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formosura!

Com grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas de ouro, ante meus ais!

Abrem-se as portas d' ouro, com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão - e nada mais!

Antero de Quental

3 comentários:

  1. Olá!
    Aqui venho nesta pausa beber um pouco de poesia.

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  2. Antero de Quental, que bem lembrado, que há muito que não o (re)leio!

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  3. Fico contente quando quem por aqui passa aprecia alguns destes versos com que tento complementar algumas das imagens:)

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