30 de janeiro de 2009

A Lhéngua: segunda língua oficial do país

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Tenho o direito a ser igual sempre que a diferença me inferioriza; e tenho o direito a ser diferente sempre que a igualdade me descaracteriza.
Boaventura Sousa Santos

Fez ontem dez anos que o mirandês, utilizado nos concelhos de Miranda do Douro e Vimioso, foi considerado língua oficial ao ter sido reconhecido pela lei 7/99 de 29 de Janeiro.
Consciente de que muitos terão contribuído para a sua valorização, ficam duas referências tendo presente que, para além delas, outros têm vindo a ser igualmente responsáveis pela preservação desta marca identitária:
Amadeu José Ferreira traduziu Astérix e diversos clássicos da literatura para a segunda língua oficial do país; os Galandum Galundaina perpetuam, desde 1966, a música tradicional mirandesa, ficando a trasncrição parcial de um dos temas que interpretam:

Nós tenemos muitos nabos
a cozer nua panela,
nun tenemos sal nien unto
nien presunto nien bitela

Mirai qu'alforjas, mirai qu'alforjas
uas mais lhargas, outras mais gordas
uas de lhana, outras de stopa.
[...]

2 comentários:

  1. Era necessário Portugal ter duas línguas oficiais. Sem isso não seria comparável à Europa.
    Cumpts.

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  2. Aqui está uma tese curiosa na qual nunca tinha pensado, vou documentar-me quanto ao número de falantes do provençal, em tempos só os de idade mais respeitável dominavam a "langue d'oc". Relativamente ao mirandês, os jovens da região têm orgulho em mantê-lo "de saúde".
    Oficial ou não, ainda bem que tem sido preservado.
    Cumprimentos.

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