Desloca-se de “vespa”, possivelmente de longe, para vir trabalhar na cidade. A “vespa” não é uma vulgar motorizada, é uma “vespa” , assim chamada porque Enrique Piaggio, quando viu o primeiro modelo do que é um hoje um dos símbolos do século passado, disse: “parece uma vespa”.
Esta está sempre ali, praticamente no mesmo pedaço de passeio da Av. Engº Arantes de Oliveira, junto ao Centro Comercial das Olaias. Quando por lá passa, fica a olhá-la, com uma certa melancolia miudinha a percorre-lhe os sentidos.
As “vespas”, também lhe chamavam Lambretas, mas não é bem a mesma coisa, estiveram em grande moda nos seus tempos de adolescente. O lançamento em Portugal fez-se com pompa e grandes facilidades de pagamento permitiram que uma série de gente passasse a andar de “vespa”. Mas também se lembra de uma camioneta percorrer as ruas de Lisboa para recolher as vespas. Uma boa parte dos que as compraram, mal tinham dinheiro para comer, quanto mais para pagar as prestações.
A “Vespa”, hoje, é uma maneira diferente de estar, o mesmo se diz dos “Fiat 600”, dos “minis” ou dos “Citroens dois cavalos”., mas para ele, acima de tudo, é Audrey Hepburn, à boleia de Gregory Peck, no filme de William Wyer, “Férias em Roma”, um filme vulgar que vive do encanto e do brilho de Audrey Hepburn, lindíssima Hepburn, e Gregory Peck,
Tempos de “vespas” e de outro cinema, assim encontrados pelas ruas da cidade. Sebastiânicas saudades…
A mim lembra-me o Nanni Moretti, Roma e os amigos que por lá deixei.
ResponderEliminarE é talvez esse sentimento, de nostalgia, que me atrai para as "modas passadas", tê-las,então, é um verdadeiro aconchego.
ResponderEliminarE sabe qual a cidade que tem mais Vespas por habitante (ou m☐ porque há-as às dezenas)???!!!
ResponderEliminarDesde há alguns anos que ando de Vespa (PX125) todos os dias, não por moda como agora parece ser, aliás já tinha dito neste blog.
ResponderEliminarSempre gostei o meu Pai teve duas (50cc e 125cc) quando eu era pequeno.
Nesses tempos era sinónimo de não se ter dinheio para comprar automóvel, hoje as pessoas têm automóvel e cada vez menos dinheiro.
Longa vida à Vespa, e bem hajam.
Paulo