20 de julho de 2008

A brisa morna



Esticada na cama, perfeitamente imóvel. Está um fresco saboroso. Fecho os olhos e penso.
Ontem, quando saía de casa para o trabalho, por entre um aparato de gente e de polícia estava um pequeno corpo estendido na rua, tapado
por caridoso lençol. Um suicídio disseram. E as pessoas continuavam a rodear a área, conversando animadamente, homens, mulheres, crianças e até cães por ali deambulavam. Eu não sei quem morreu, mas ainda outra dia, vi um rosto de uma senhora de muita idade e triste a aparecer à janela daquele prédio. Conjecturo que será ela, sei lá porquê.
Lentamente ouço agora as esplanadas a serem montadas. De casa ouço o moer do café e sinto até o cheiro. Ontem foi outro dia. Já limparam o chão, nada resta. Não fecho a janela, fica só a cortina a esvoaçar.

10 comentários:

  1. t. gostei tanto deste texto... por segundos senti que estava em arroios... na manha de ontem e na de hoje...

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  2. Obrigada às duas:)
    Beijinhos

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  3. Um arrepiozinho...

    (Bem escrito, cara amiga).

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  4. Beijos para ti! Correu bem?

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  5. mas quando escreve...o olhar não falta. :)

    LR

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  6. (sem o smile...)

    LR

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  7. Só consigo escrever o que sinto e de forma simples. O resto é simpatia Vossa. Beijinhos para si Lúcia.

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  8. Correu tudo muito bem, felizmente!

    ;)

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  9. Desde quando utilizar linguagem dita 'simples' é impedimento seja do que for?
    Comentários por simpatia?! :0

    LR

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