21 de abril de 2008

nunca deves voltar ao lugar onde foste feliz?

porque raio de carga de água?

entre esta foto, tirada no local onde e quando comecei a trabalhar
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a foto é, se a memória não me atraiçoa, do fotógrafo lobo pimentel (pai), ao tempo fotógrafo do diário de lisboa


e esta, tirada este fim de semana

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vão mais de 40 anos.


depois aquele restarante 'cava do viriato' passou a 'casa da venda' do diário de lisboa, que fechou passados não muitos anos e hoje deve ser uma espécie de coisa nenhuma ou simplesmente uma base para colar cartazes e pintar grafittis.

pelo meio deixei o bairro que me ajudou a crescer e a ser muito do que sou hoje.
e sim. fui lá muito feliz durante 8 anos.

porque não deveria voltar lá?

talvez porque é complicado subir a rua da rosa (principalmente para quem me acompanha) e pensar que aqui era (e é ainda) a panificadora das mercês, a seguir era uma tipografia, depois o alfarrabista, na esquina o barbeiro, em frente os móveis olaio.. e ainda só cheguei à travessa dos fieis de deus.... e depois o talho, a mercearia, o sapateiro, a casa do padeiro que tinha uma venda de pão ao domicílio. e do outro lado o 'lisboa', o restaurante, o lugar, casa de móveis, a drogaria.... e a travessa do poço da cidade.
e podia continuar por ali acima até à rua dom pedro v....

ainda hoje acho que não conheço o passado de uma rua tão bem como esta rua da rosa.
subir esta rua é como fazer retirar a pintura a uma parede e descobrir tudo o que está por baixo.
e com a memória das pessoas ainda viva.
muito viva.
é uma local que não é apenas este local hoje.
é como se estivessem sobrepostas duas gerações com um intervalo de quase 40 anos

mas porque não regressar a um local onde fomos tão inocente e intensamente felizes?
... e onde aprendemos tanto.

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