23 de fevereiro de 2008

Ires e vires

Há muito tempo para meditar, enquanto se espera pela bagagem no aeroporto. É uma das vantagens das viagens modernas.E o que tenho vindo a notar é não só a feieza, mas a uniformidade das maletas circulantes nos tapetes. A não ser quando vim do Sal, em que a bagagem era completamente diferente: garrafões de ponche, malas a cair de podre, embrulhos de todo o feitio. Outro género de viagem, a utilitária.
Eu gostaria de ter viajado noutros tempos. De preferência de comboio. Com malas e baús e toda a parafernália de tralha que me apetecesse carregar. Tenho uma perfeita fixação por malas antigas, com etiquetas . Já encontrei uma no lixo, que arrastei direitinha para casa e tenho mais algumas fruto desta azafáma colectora que às vezes me possui.
Se eu tivesse um hotel ou uma transportadora, ressuscitava logo a prática de colar etiquetas como estas nas malas dos fregueses. E é isto. Chove e apetece-me viajar.

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