Pois é, estamos em Novembro e estou a trabalhar, mas ninguém me tira da ideia que me apetece um gelado. Eu que até nem gosto de doces, hoje pareço possuída pelos diabinhos da Olá e da Rajá, que tanto alegraram a minha infância.
À falta de melhor, fui-me ao Arquivo Municipal de Lisboa.
Deslumbrei-me logo com esta foto do Benoliel pai.
Bonitos os procedimentos do gelateiro ,e do olhar ansioso e atento dos miúdos aguardando pelo geladinho nem se fala.
Que sabor teriam? Estariam já derretidos? E seria Verão estando todos tão agasalhados? Se calhar era dia 3 de Novembro.
Em 1960, nesta fotografia de Arnaldo Madureira, diminuem os protagonistas mas o empenho do miúdo em contar os trocos é evidente. Tostão a tostão e de cenho carregado. Chegará o dinheiro? Qual será a marca dos gelados? Está escrito Ice qualquer coisa.
Esta terceira, fotografia de Garcia Nunes, regista um belo momento. Corria o ano de 1968 e os agentes de autoridade deliciavam-se lá pela Praça do Império, com um geladinho Isba. Mas serão polícias? Se calhar são condutores da Carris. Fica o mistério.
E eu suspiro. É que gelados nada.
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