17 de agosto de 2007

A legalidade das formas de protesto e os ambientalistas assim assim

"Cerca de cem activistas contra os OGM (Organismos Geneticamente Modificados) destruíram hoje cerca de um hectare de milho transgénico cultivado numa herdade em Silves, enquanto o proprietário, em lágrimas, os tentava desmobilizar. João Menezes, 56 anos, agricultor e proprietário da Herdade da Lameira, disse à Lusa sentir "revolta" ao ver vandalizado o seu terreno de milho transgénico. "É disto que os meus filhos e mulher vivem. É a única fonte de rendimento. Se ceifarem este milho, eu morro à fome. Alguém tem de pagar este prejuízo", disse o agricultor, garantindo que tudo está legal e que a sua propriedade foi vistoriada pelo Ministério da Agricultura. O engenheiro técnico responsável pela cultura do milho, Luís Grifo, afirmou-se "repugnado" com a acção dos ambientalistas e garante que a seara foi vistoriada pela Direcção-Geral da Protecção das Culturas. (…)
Os activistas tinham as caras tapadas com panos para, segundo eles, se protegerem do polén transgénico. (…)
Um popular que assistiu à acção de protesto, Bruno Martins, electricista, disse à Lusa que é "errado defender assim uma causa". "Isto não é para ser discutido na praça pública. Tem de ser no ministério da Agricultura e no Governo. É uma acção errada. Nem sabem defender uma causa, porque vêm para aqui fumar e com telemóveis", disse."
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