15 de janeiro de 2007

Os dez magníficos

Vi que foram ontem nomeados os dez maiores portugueses de sempre, de onde sairá - acho eu - o maior dos maiores. Estes concursos têm sempre o seu quê de artificial e de fantochada, servem, no fundo, para ir entretendo aqui a povalhada... enquanto "puxamos" pela Padeira de Aljubarrota ou pelo Tino de Rans, não nos chateamos muito com o "sim ou não" nem com a "Ota ou Rio Frio".
Mas, por outro lado, porque é que não havemos de reconhecer que houve alguns portugueses que fizeram muito mais do que o esperado, que fizeram o que outros só sonharam. Aqueles portugueses que, não só pelos seus valorosos feitos da lei da morte se libertaram, mas que pelos seus ideais, na lei da vida ousaram. Existindo alguns, é justo nomeá-los.

Então, vamos lá ver... Do que saiu, o que é que temos?... O que é que eu acho?

D. Afonso Henriques e D. João II. Sim, definitivamente. Acho que foram os únicos dois reis que ousaram sonhar, que fizeram a diferença. Nem os reis das "revoluções" se lhes aproximam.... quer D. João I quer D. João IV, limitaram-se ir na onda.

Marquês de Pombal e Infante D. Henrique. Sim, definitivamente. Dois enormes estadistas, com uma visão do mundo para além do seu tempo. As suas obras e empreendimentos mudaram e perduraram Portugal.

Luís de Camões e Fernando Pessoa. Sim, definitivamente. Levaram a língua e a cultura portuguesa ao mundo, a todos nós. Nenhum outro, nenhum, chega aos joelhos destes.

Álvaro Cunhal e Oliveira Salazar. Não, definitivamente não! Os dois sociologicamente tacanhos e ideologicamente sectários. Faltou aos dois, sem qualquer dúvida, o golpe de asa.

Vasco da Gama. Não, claro que não! Um mero executante... Se revelou engenho na viagem, mostrou alguma incompetência no negócio.

Aristides S. Pereira. Não sei... Sei lá! Eu não o escolheria, talvez por esquecimento... mas, quiçá por remorso ou piedade, deixo-o ficar!

E então? Se sairam três, tenho que procurar um novo trio... Ei-los:

Pedro Nunes, claro. Porra, pelo menos um cientista...

Afonso de Albuquerque, pois. Vale, pelo menos, cinco ou seis Gamas.

Santo António, ora bem. A Igreja também merece!

E pronto!

Nota: Excluo os vivos, atenção! Pelo que ainda podem, ou não, fazer [ou deixar de fazer]. Destes, só dois ou três me parecem merecedores de vir entrar no grupo. Saramago e Mário Soares... E o Eusébio, ou era pedir muito?

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