Cito Roby de Amorim: "lembremos Gil Vicente na Farsa dos Almocreves: "Tendes essa voz tão gorda/que pareceis alifante/Depois de farto de açorda".
O Mestre Gil tinha razão, calórica é, mas por vezes é bom calorizar sem pensar muito no assunto.
"Alho, pão, água, azeite, coentros, o mais rápido de confeccionar de todos os pratos...a açorda (ath-thurdâ), pode fazer-se na sua simplicidade original ou acrescida seja do que for, das carnes ao bacalhau"
Uma possivel receita,:
Um molho de coentros(ou um molho pequeno de poejos ou uma mistura das duas ervas); 2 a 4 dentes de alho ou os que se quiserem ; 1colher de sopa bem cheia de sal grosso ou menos sal de preferência;4 colheres de sopa de azeite;1,5 litro de água a ferver ; 400 g de pão caseiro(dura);4 ovos. Pisam-se num almofariz, reduzindo-os a papa, os coentros(ou os poejos) com os dentes de alho, o sal grosso e deita-se esta papa numa terrina .
Rega-se com o azeite e escalda-se com água a ferver, onde previamente se escalfaram os ovos com uma fatia de pão grande.
Introduz-se então no caldo o pão, que foi ou não cortado em fatias ou em cubos com uma faca, ou partido à mão, conforme o gosto.( eu gosto de partir à mão)
Um molho de coentros(ou um molho pequeno de poejos ou uma mistura das duas ervas); 2 a 4 dentes de alho ou os que se quiserem ; 1colher de sopa bem cheia de sal grosso ou menos sal de preferência;4 colheres de sopa de azeite;1,5 litro de água a ferver ; 400 g de pão caseiro(dura);4 ovos. Pisam-se num almofariz, reduzindo-os a papa, os coentros(ou os poejos) com os dentes de alho, o sal grosso e deita-se esta papa numa terrina .
Rega-se com o azeite e escalda-se com água a ferver, onde previamente se escalfaram os ovos com uma fatia de pão grande.
Introduz-se então no caldo o pão, que foi ou não cortado em fatias ou em cubos com uma faca, ou partido à mão, conforme o gosto.( eu gosto de partir à mão)
Este cheirinho dos coentros e alho, puxa à minha costela alentejana, lembra-me as férias em Sines, o deliciar-me com estes manjares tão diferentes do meu quotidiano (a minha mãe era minhota e cozinhava diferentemente). Agradeço aos alunos da Escola de Montes Velhos a base da receita (que eu modifiquei ligeiramente) e ao blog de Mértola a foto .que achei a mais exemplar e verdadeira das que pesquisei no google .
Claro também ao Roby Amorim ,"Da mão à boca", Edições Salamandra, 1987
Registe-se e divulgue-se estas boas coisas da vida. Uma açorda é um petisco a tender para o infinito.
ResponderEliminarE a imagem, vou comê-la!
Não queira saber as variações que eu lhe dava, a ela açorda, por essas cinco da manhã. :)
ResponderEliminarCumprimentos
P.S. Praia em Sines...
A minha avó tinha lá casa. Foi antes de darem cabo daquilo tudo.
ResponderEliminarHei-de ver se tenho postais dessa altura.
Já fiz açorda para gente amiga às tantas da manhã. E massa também! Risos.
Eu por lá parei pela segunda metade dos 60. Depois na de 70, ainda assisti à passagem dos monstros carregados, à destruição do Pontal...
ResponderEliminarVoltei lá de férias em 95 e 2000.
Ai uma açordinha!
Que engraçado! Foi nessa altura que eu ia para lá:) Ia muito com a minha irmã mais velha.
ResponderEliminar