24 de setembro de 2006

Alberto Pimenta


É um livro pequeno, que já tive em várias edições. Cada vez que o leio(tenho-o na casa de banho no banquinho dos livros de que gosto de saborear aos bocados) encontro-lhe algo de novo. Esta edição é propícia a isso, com uma fitinha vermelha, para assinalar melhor aquilo que considerámos mais verdadeiro. O anjinho da capa dá-lhe um je ne sais quoi que valoriza muito um livro do tamanho da palma da mão.
Vou só deixar-vos com uma citação que, para mim, define exemplarmente os filhos da puta que já conheci na vida.

Assim entre nós, estimados compatriotas, o filho-da-puta não existe em maior ou menor número que outros lugares; não, estimados compatriotas, não haja ilusões. Sucede apenas que o filho-da-puta nacional tem os seus hábitos e modos próprios. Um bocadinho triste, apagado, cansado, muito queixoso, muito lamentoso, vaidoso mas satisfeito com pouco, muito hipócrita e, coisa curiosa, ao mesmo tempo ordinário e delicado, muito ordinário e muito delicado, muito muito ordinário e muito muito delicado.

(esta última ideia é mesmo assim...li e pensei é isto!)

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