já o ano passado aqui tinha escrito sobre a notável conclusão da anglican-roman catholic international commission (arcic) quando assentaram (e assinaram) nalguns pontos que tinham sido o ponto de discórdia durante séculos entre católicos romanos e anglicanos (imaculação, assunção e culto da virgem) e que eles resumiam assim:
1. o dogma da imaculada conceição (por imaculada conceição entende-se o ter concebido sem que tenha tido relações sexuais: concebeu e restou sem mácula).segundo o parecer dos sábios teólogos, 'o trabalho de redenção de cristo remonta até ao mais profundo do ser de maria e às suas primeiras origens' (leia-se que a imaculação teve efeitos retroactivos por via da redenção de cristo)
2. de acordo com o dogma católico romano da assunção de maria (para quem não está familiarizado com o termo, por dogma entende-se o que não tem discussão e que será blasfémia negar ou duvidar. como exemplo do contrário, as aparições de fátima não são um dogma: qualquer católico pode negar ou duvidar sem correr o risco de excomunhão), esta subiu ao céu, em corpo e alma, após a sua vida terrena.para os doutos sábios, a dita assunção é entendida como a convicção de que deus tomou a totalidade da pessoa da mãe de jesus na sua glória e que isso é 'conforme as escrituras'.ou seja:,os doutos teólogos leram. está escrito. está provado.
3. referente ao culto da virgem (um dos principais pontos de discórdia entre anglicanos e protestantes) é um tema que não deve ser razão para divergências teológicas já que o culto e a invocação de maria não obscurecem nem diminuem a mediação particular de cristo.
e eu resumia assim:
1. maria é imaculadamente virgem porque a redenção de cristo assim a tornou por retroactividade
2. maria subiu aos ceús porque está escrito.
3. a virgem é uma espécie de supporting actress, não retirando o brilho ao actor principal.
este fim de semana, o conselho metodista mundial, aprovou da sua reunião quinquenal em seul (coreia) um texto já anteriormente assinado entre os luteranos e o vaticano sobre a magna questão que divide metodistas, luteranos e católicos romanos há mais de 4 séculos, a saber:
uma pessoa salva-se através da fé ou dos seus actos?
de acordo com o texto agora aprovado pelos metodistas e já antes, em 1999, pelos católicos romanos e pelos luteranos, ficamos a saber o que não duvidávamos:
uma pessoa salva-se pela sua fé.
de acordo com o texto 'é apenas pela graça adquirida por meio da fé na acção salvífica de cristo, e não na base do nosso mérito, que somos aceites por deus e recebemos o espírito santo que renova os nossos corações e nos chama a realizar boas obras'
a primeira ideia que nos vem à cabeça, sabendo desta frenética actividade ao longo de quase 5 séculos para chegar a tão brilhantes conclusões, é que esta gente não tem tomates para se coçar.
mas a verdade é que, a acreditar neles (pelo menos nos católicos romanos), só os usam para coçar mesmo...
a segunda, é a confirmação teórica daquilo que todos nós observamos naquela gente: que só podem mesmo contar com a fé, porque pelos actos jamais se salvariam.
daí a expressão popular 'ca'fé é que nos salva'
(ou pelo menos tira o sono se tomado em demasia)
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