13 de julho de 2006

Participar Até ao Sangue e Clubes de Vídeo

Quando se sabe o que se quer e se tem certezas absolutas, participa-se até ao sangue. Por exemplo, os americanos. Os americanos sabem o que querem e têm certezas absolutas: logo, participam até ao sangue um pouco por todo o mundo. Tal como os jovens e os polícias do Maio de 68 em Paris, que participavam todos até ao sangue. O que não vale é vir com o argumento estafado de que uns lutam e lutavam por convicções generosas enquanto que os outros, ou por exemplo os americanos lutam pelo dinheiro: em todos os casos, sempre, quem luta até ao sangue fá-lo pelo seu interesse próprio e contra o interesse dos outros, que são os maus. Se os maus são os burgueses ou os comunistas, o eixo do mal ou os argelinos, não importa: em qualquer dos casos, não me parece que a benevolência das convicções e a "maldade do outro" justifique a violência. Participar até ao sangue? E porque não participar a la Gandhi?


Os clubes de vídeo não têm nada que interesse. Não há um único Bertolucci no meu clube de vídeo.

-Bertolucci? E como se chama em português?

3 comentários: