24 de junho de 2006

Os Sonnets from the Portuguese e um delírio português

Deu-me para aqui hoje:

How do I love thee? Let me count the ways.
I love thee to the depth and breadth and height
My soul can reach, when feeling out of sight
For the ends of Being and ideal Grace.

I love thee to the level of everyday’s
Most quiet need, by sun and candle-light.
I love thee freely, as men strive for Right;
I love thee purely, as they turn from Praise.

I love thee with the passion put to use
In my old griefs, and with my childhood’s faith.
I love thee with a love I seemed to lose
With my lost saints, – I love thee with the breath,

Smiles, tears, of all my life! – and, if God choose,
I shall but love thee better after death.

Elizabeth Barrett Browning
Sonnets from the Portuguese

É um dos poemas da minha vida (e de muita gente, aliás). Por isso, resolvi dizê-lo eu:

De que modos te amo? Deixa-me contar-te.
Amo-te até ao fundo e extensão e altura
Que a minha alma alcança, quando se sente oculta
No recôndito do Ser e da ideal Graça.

Amo-te ao nível das mais plácidas necessidades
Do dia a dia, seja ao sol ou à luz da vela.
Amo-te livremente, como os homens lutam pelo Bem;
Amo-te puramente, como eles se afastam do Elogio.

Amo-te com a paixão gasta nos meus
Desgostos idos, e com a minha fé de criança.
Amo-te com um amor que parecia ter perdido
Com os meus santos antigos, – amo-te com o alento,

Sorrisos, lágrimas de toda a minha vida! – e, se Deus quiser,
Ainda te amarei melhor depois da morte.


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