19 de abril de 2006

Berlim, 2006 - O Jüdische Museum

Seis milhões - seis milhões - de judeus terão sido mortos durante a Segunda Guerra Mundial.

Este museu, cuja ala nova é uma obra-prima da arquitectura contemporânea, apresenta uma fortíssima carga simbólica. Tem três eixos condutores que se intersectam: o eixo da continuidade, que representa a história dos judeus alemães nos últimos dois mil anos e se prolonga no futuro; o eixo da diáspora, que termina no Jardim do Exílio e da Emigração; e o eixo do holocausto. No final deste, uma pesada porta de ferro. Entramos. A porta fecha-se. Estamos sozinhos no fundo de um poço de cimento gelado. Os sons da cidade ouvem-se longe, longe e inacessíveis. A luz entra por uma nesga no tecto, violenta, quase cegante. A vida acaba aqui.


Da diáspora, podemos lembrar que ela passou por nós.

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O eixo da diáspora. Lisboa é uma das suas estações. Berlim, 2006.


A Torre do Holocausto é demasiado forte para suportar descrições. E seis milhões de mortos são uma carga demasiado desumana para ser apreendida.

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Torre do Holocausto. Berlim, 2006.

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