9 de março de 2006

Sobre o ir com os porcos.

Não sou nada adepta da família Soares . Nunca fui e dificilmente o virei a ser.
Idem aspas com o Cavaco e o cavaquismo.
Não acredito em certos e errados assim tão dramáticos, como são proclamados por alguns.
Nem acho que a vitória do Cavaco tenha sido uma vitória da direita. Nem a acho sequer um facto fundamental. Para outros será mais importante a vitória do Benfica ontem. E acho que devem ser muitos.
Logo relativizemos. Estamos numa fase de país em que a diferença entre política e futebol é mínima. Tendem a aproximar-se. Temos futebol, fátima com abundância...qual será o nosso terceiro efe?
Na noite das eleições presidenciais, poucos festejos existiram. Assim como quando ganhou o PS nas legislativas. Ou seja, cada vez mais a emoção está dissociada do acto político. Fenómeno estranho não? Se fosse o Benfica ou o Sporting a ganhar?
Antes do 25 de Abril, torcíamo-nos todos pelo direito de escolher o poder. E não tínhamos.
O que se passou connosco?

De qualquer forma reitero o que comentei. O Soares não foi com os porcos. Teve um passado fundamental, já não terá um futuro. É a lei da vida. Estava a ler o Ricardo, um liberal de direita confesso e achá-lo com linguagem de fanático de futebol. No mínimo esperava um post mais técnico. Talvez por ele ainda analisar a política emocionalmente à flor dos sentidos. Não sei. Está certo ou errado sentir assim?

Ou acho tudo muito estranho, ou sou eu que sou estranha. Mas estou habituada a sê-lo.

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