22 de março de 2006

O sono

Ora bem. Este é um dos meus temas favoritos, querido Pipinho. A tua lembrança foi muitissimo boa.
Dizem que quanto mais velhos somos, menos dormimos. No meu caso é ao contrário. Em criança odiava dormir. e agora é um gosto ver-me. Ou um desgosto.

E quanto a mim, ninguém ainda ilustrou suficientemente a delícia que é fazer uma sesta, num dia de calor, uma ligeirinha baba a escorrer da boca, um gato esticado ao nosso lado, um sentir vagamente ao fundo que existe mundo além de nós, apesar da nossa breve ausência. Ai é tão bom dormir.

Já tive um namorado que era especialista do sono. Acordava com ele a ouvir embevecidamente o meu ressonar. E a fazer diagnósticos estranhíssimos sobre o assunto. Queria ligar-me a uns eléctrodos se bem percebi. Que raio de fetiches têm os médicos. Ops. Sorry.

Eu não dispenso duas coisas para dormir: uma mantinha ou édredon e uma janela aberta.E tenho efectivamente problemas de sono. Acordo e adormeço quando quero. E sempre horrorosamente bem disposta. Adormeço sozinha, em grupo, em qualquer companhia.

Não desgosto de dormir sozinha. Assim posso remexer-me à vontade. às vezes tenho pesadelos. É quando o Vicente aterra na minha barriga , ou outro gato me mordisca os pés. Não gosto de dormir agarrada, só de adormecer assim. Outras vezes não.

Gosto de lençóis 100% de algodão. Odeio sintécticos.

Ouvir os barulhos na rua enquanto adormeço faz-me sorrir. às vezes sonho que é sábado e posso dormir à vontade. E depois descubro que são nove horas e já devia estar no trabalho!

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